domingo, 11 de janeiro de 2009
LEVANTANDO-SE DA QUEDA
Texto: Lucas 15:12
Intro: Todos nós somos sujeitos à tentação, e como muitas vezes por não estarmos vigiando, essa tentação nos conduz à queda.
Agora porém, quero tratar do que fazer quando caímos, nós podemos simplesmente concordar que caímos e permanecermos no chão, ou reconhecer que caímos e decidir levantar.
Deixe-me dizer uma coisa, “o pecado sempre nos leva além de onde pretendíamos ir” Isso é uma verdade, “O pecado sempre vai custar mais caro do pretendíamos pagar”. Às vezes custa o casamento, às vezes o respeito dos filhos, às vezes o respeito próprio, muitas vezes custa nossa paz e alegria, mas nem tudo está perdido.
O arrependimento não é apenas um lugar de tormentos, ele pode ser uma voz de despertamento. Foi isso o que aconteceu na parábola que pode ser chamada de a mais conhecida de Jesus.
Nesta parábola encontramos uma família comum um casal com dois filhos. O pai era um rico fazendeiro, e proprietário de muitas terras. Tudo discorria muito bem até que certo dia o filho mais novo decidiu viver sua própria vida, pediu então ao pai que lhe desse a parte que lhe cabia (herança, todos sabem que os filhos recebem após a morte do pai).
Porém dentro de pouco tempo ele desperdiçou toda sua fortuna vivendo uma vida desregrada e acabou na miséria.
Mesmo quando cedemos à tentação poderemos ainda nos levantar.
1. Deus nos dá liberdade de escolha. (Lucas 15:12-13)
a. Ninguém é obrigado a servir ao Senhor, ninguém é obrigado a obedecê-lo. Sabe Deus preza a liberdade, por isso Ele disse a Saul: “ Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” (I Sam.15:22).
b. Ilustrar com o dilema de Adão e Eva, sua tentação era obedecer ou não a Deus! Dar ouvidos a Deus ou dar ouvidos a Satanás. = atração.
c. Aqui o filho mais novo se vê no mesmo dilema. Sua atração era deixar o lar, viver independente, sem ter a quem prestar contas. Certamente nessa parábola o pai representa Deus, o filho representa a noção errada de liberdade. O interessante é que o pai não proibiu, não impediu.
d. Mat.7:13-14, fala de dois caminhos, não há constrangimentos, muitos tomam o caminho largo. Sabe por que? Deixe a Bíblia responder: “Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim” (Oséias 11:7a), em outras palavras o homem gosta de andar longe de Deus.
e. Por isso alguns olham para vantagens aparentes. O filho julgou que poderia ser mais feliz lá fora, longe das vistas do pai.
i. Pensou com tanto dinheiro poderei fazer o que eu quero. Certamente em casa ele tinha regras, não poderia gastar o dinheiro da maneira que quizesse.
ii. Pensou com tanto dinheiro assim eu posso me divertir muito, posso ter muitos amigos, vou ser querido. (Lembra da semente plantada entre os espinhos?)
iii. O dinheiro um dia acabou. Tudo estava perdido, não havia mais nada, isso me faz lembrar das palavras de Jesus: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lucas 12:15). João o amado do Senhor nos diz: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo... porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (I João 2:15-17)
f. Aquele filho foi ingrato, rebelde desobediente e ambicioso. Certamente aquilo abalou o coração do pai. Isso me lembra Gen 6:6, quando Deus vê que a maldade do homem se multiplicava na terra a Bíblia diz: “e isso lhe pesou no coração.”
2. Nossas escolhas determinarão nossos futuros (Lucas 15:14-16)
a. Já ouviu falar da lei da colheita e semeadura: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6:7).
b. O dinheiro acabou e com ele os amigos, a diversão, a alegria. Começou a padecer necessidades... ninguém lhe dava nada.
3. A vida é a oportunidade para o reparo (Lucas 22:17-19)
a. Finalmente, ele caiu em si, e percebeu em que ruína sua decisão o havia se tornado. Nessa hora seus pensamentos são levados até a casa de seu pai. E diz: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!”
b. Ao perceber sentiu um profunda amargura por sua vida, reconheceu sua miséria. Aquele tom arrogante foi trocado por humildade “não sou digno de ser chamado seu filho” (v.19), como Pedro provavelvente ele chorou por seus erros, mas é ai que a coisa muda de figura.
i. Nossa tristeza pode continuar se apenas reconhecemos um erro mas não fazemos nada para mudá-lo. Isso chama-se remorso e não arrependimento.
ii. Note que o arrependimento deu início à mudança de pensamento. Ele afirmou “levantarme-ei e irei ter com meu pai e lhe direi...”
iii. A mudança de pensamento leva a uma mudança de atitude. Agora a Bíblia declara: “ e levantando-se foi, para seu pai” (v.20)
(1) ele não ficou parado pensando.
(2) ele não ficou deprimido, tendo auto-comiseração.
(3) ele foi para o pai da maneira que estava: sujo, mal arrumado, mal cheiroso etc.
(4) saiu da casa do pai dizendo “dá o que é meu”, e voltou dizendo “trata-me como empregado”.
iv. Infelizmente nem todos que passam por situação assim voltam para o pai. Em vez de assumir que o resultado de sua vida foi consequência das suas próprias decisões, muitas vezes tentamos culpar os outros e até mesmo a Deus. “A estultícia do homem perverte o seu caminho, mas é contra o SENHOR que o seu coração se ira.” (Prov.19:3).
(1) ele poderia colocar a culpa na economia do país.
(2) ele poderia se desculpar dizendo que foram os outros que o enganaram
(3) mas não foi isso que ele fez, ele disse “eu pequei”.
v. Saiba que assumir responsabilidade por seus próprios pecados, não é uma escolha fácil, porém, é uma escolha sábia. Ele não foi em busca de piedade, mas sim de perdão. Não de compeensão mas de misericórdia.
4. O Pai sempre vai estar pronto para te receber. (Lucas 15:20)
a. A Bíblia afirma que Deus é amor. E Ele prova que nos ama “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rom.5:8)
b. O Pai sempre está disposto a receber aqueles que se chegam a Ele. “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” (Isa.55:7)
5. A alegria da reconciliação. (Lucas 15:22-24)
a. A paz estava reestabelecida, agora a verdadeira alegria enchia não somente a vida daquele jovem como também sua alma. A Bíblia diz: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.”(Rom.5:1)
b. Por causa do pecado o homem foi separado de Deus, mas Ele quer a reconciliação e deu o primeiro passo para isso “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” (II Cor.5:19-20)
c. Deus certamente nos ama. Porém, ele não pode ter comunhão conosco se não estivermos na luz: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (I João 1:
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