quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Quando a prosperidade não é bênção


Texto: Ec 7:14 ”No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.”

Introdução
Prosperar é natural e faz parte da graça que Deus derramou sobre a terra e sobre toda a humanidade. Ao olharmos para a natureza, vemos que Deus foi um criador extravagante, pois Ele criou riquezas abundantes! Ao falar ao homem, Deus o abençoou com palavras de abundância em relação a diversas áreas da sua vida, dizendo-lhe que se multiplicasse se alimentasse de tudo o que tinha sido criado e dominasse sobre tudo. (Gn. 1.28,29)
Existe, porém, um grande conflito espiritual em relação à abundância e prosperidade. Satanás não quer que os filhos de Deus prosperem e que vivam com tudo a que têm direito. Existem duas formas diferentes de prosperar: pela força da nossa mão ou pela mão de Deus.

Jesus também contou uma parábola acerca das duas formas diferentes de prosperar e construir a nossa vida, falando de dois homens que construíram cada um deles, a sua casa. (Mt 7.24-27)
Esses dois homens empreenderam e construíram duas casas, mas fizeram-no sobre dois fundamentos diferentes e o resultado também foi diferente. Um dos homens construiu sobre a rocha, isto é, dando ouvidos à Palavra do Senhor; sendo obediente. Quando veio a tempestade, a casa permaneceu. O outro construiu sobre a areia, isto é, seguindo o seu próprio entendimento sem dar ouvidos à Palavra do Senhor; sendo desobediente. Quando veio a tempestade, a casa ruiu. Uma das formas de prosperar leva à prosperidade sólida. A outra leva à prosperidade enganosa, incerta e passageira.

Como se prospera da forma errada
1. Quando a prosperidade é fruto da opressão

Provérbios 11.24 fala acerca daqueles que retêm “mais do que é justo” e Tiago fala a respeito dos ricos que retêm os salários dos trabalhadores (Tg 5.1-6). Esses são os que prosperam porque roubam o seu próximo em negócios enganosos e roubam a Deus nos dízimos e ofertas. Apesar de ricos não são prósperos porque não possuem paz e nem a bênção de Deus. (Tg 5.4)
2. Quando prosperamos valorizando muito o que é temporal e desprezando os valores eternos
Jesus contou a parábola de um rico que valorizou muito as suas colheitas, ocupou-se em construir novos celeiros, mas desprezou o estado da sua alma e não se preparou para o momento em que esta lhe seria pedida. Jesus disse que esse homem foi chamado de “louco” (Lc 12.13-21). Quando se confia nas riquezas estamos desprezando os valores eternos. (Pv 11.28)
3. Quando prosperamos com o coração no dinheiro
Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me. (Lc 18.22)
4. Quando prosperamos a qualquer custo, ignorando os princípios de Deus
É a prosperidade que se alcança quando não se olham os meios para atingir fins. (Jr 17.11; Pv 28.20)
Pessoas que prosperam dessa forma, prosperam fora do modelo de Deus e acabam por ter uma prosperidade enganosa. A prosperidade segura e abençoada é aquela que é construída como resultado de seguirmos as instruções de Deus.
5. Quando prosperamos pelo engano
Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer. (Pv 11.1)
6. Quando prosperamos e perdemos a humildade
Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão. (Pv 12.9)
7. Quando queremos prosperar sem trabalho
O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que corre atrás de coisas vãs é falto de senso. (Pv 12.11)
Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza. (Pv 21.5)
8. Quando a prosperidade é fruto da esperteza
Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento. (Pv 13.11)
9. Quando a prosperidade vem pela mentira
Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal (Pv 21.6)

Conclusão
A riqueza se torna bênção quando ela se converte junto com você
Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. (Lc 19.8,9)

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