terça-feira, 27 de janeiro de 2015

VOCÊ FOI CRIADO PARA SER FELIZ


TEXTO: Dt. 28.47-48                                                       Introdução: O Filósofo Blaise Pascal disse: "Todas as pessoas buscam a felicidade. Não há exceção para isso. Sejam quais forem os meios diferentes que empregam, todos objetivam este alvo. A razão de uns irem para a guerra e de outros a evitarem, o motivo é o mesmo: à busca pela felicidade. Este é o motivo de cada ser humano mesmo daqueles que se enforcam".
Buscar a felicidade é um traço comum na natureza humana.

Segundo John Piper, o prazer cristão é uma filosofia de vida baseada em cinco convicções:
1- O anseio humano por ser feliz é uma experiência universal, é algo bom, e não pecaminoso.
2- Jamais devemos tentar negar ou resistir ao nosso anseio por ser felizes, como se isso fosse um impulso mau. Pelo contrário, devemos intensificar este anseio e alimentá-lo.
3- A felicidade mais profunda e permanente encontra-se em Deus, somente Nele.
4- A felicidade que encontramos em Deus atinge sua consumação quando compartilhado com os outros através do amor.
5- O fim supremo e principal propósito de Deus no homem é glorificar a Deus e gozá-lo plena e eternamente.


O PROBLEMA DO POVO DE ISRAEL Porquanto não serviste ao SENHOR, teu Deus, com alegria e bondade de coração, não obstante a abundância de tudo”. Dt. 28:47
- O problema desta nação não é que não serviram a Deus;
- O problema neste momento não é que desobedeceram a Deus;
- O grande problema é que serviram a Deus, mas sem alegria.
Hoje não é diferente, pois, muitos estão servindo a Deus. Mas acham que servir a Deus è um peso, é um fardo difícil de carregar. Esses não estão servindo a Deus com alegria

Vejamos 3 Afirmações Ousadas Sobre a Sua Felicidade:
1 – A felicidade é um mandamento:
“Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração”. Sl. 32:11
“Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração”. Sl. 37:4
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”. Fp. 4:4

As pessoas dizem: obedeça e você será feliz! Mas eu ouso dizer o contrário: “Seja feliz em Deus e você o obedecerá! Tenha prazer no Senhor e você obedecerá!” A felicidade que gera obediência.
Podemos ser felizes até mesmo em meio ao sofrimento, porque vamos passar por eles.
Um exemplo bíblico disso é o momento em que Paulo e Silas estavam presos, mesmo num cárcere, preso a correntes e de um modo injusto, ele começaram alegremente começaram a louvar a Deus ( At. 16.16-36). Foi o louvor subindo aos céus que os libertou e causou um terremoto.

2 – Você está aqui para buscar a sua felicidade pessoal
Todo homem busca o tempo todo a felicidade. Todos os nossos atos são feitos visando nos tornar mais felizes. E isso é ainda mais verdadeiro no cristianismo.
Você foi para Deus para buscar a felicidade. Você não serve a Deus como uma alma penada, obrigada a fazer todos os dias coisas que não gosta. Mas para encontrar o seu prazer no Senhor.
- Prazer em fazer a sua vontade.
- Prazer em obedecer.
- Prazer na sua presença.
O seu prazer será sua felicidade.
O MUNDO PROCURA NO LUGAR ERRADO
O problema do mundo não é a sua busca por felicidade, o problema do mundo é que buscam a felicidade, mas não com a devida intensidade.
Se realmente desejassem ser feliz não parariam até encontrar a felicidade. Mas eles se contentam com o pouco desse mundo, presumindo que a felicidade não existe.

3 - Obedecer sem ter prazer é pecado (Jo.4.34)
Obedecer sem alegria é pecado. Seus mandamentos não são penosos.
A glória de Deus é nos fazer felizes. Deus somente é glorificado quando somos felizes nele. Deus não é glorificado em alguém viver na miserabilidade.
Se isso é verdade então a nossa infelicidade, é um obstáculo para a glória de Deus.
De nada adianta fazer a obra e ser infeliz. É preciso ter prazer e felicidade na obra.
A SATISFAÇÃO DE JESUS EM FAZER A VONTADE E A OBRA: “Disse- lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”. (Jo. 4:34)
DEVEMOS OBEDECER MESMO SEM ALEGRIA?
É claro que a resposta para essa pergunta é: obedeça mesmo sem sentir prazer. Mas essa resposta não é o alvo final de Deus.
É muito importante sentir prazer em obedecer. Não sentir prazer no Senhor, é pecado.
Se você obedece sem alegria você precisa mudar o coração. O Salmo 40:8 diz: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei”.

Compartilhando a Palavra
     1-    De que maneira você tem buscado a sua felicidade?  
2-    Você tem prazer no Senhor, em Sua obra, em obedecê-lo?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A TERRA CONTROLA OS CÉUS! PARTE 2



Texto: Mt 6:5-15
Introdução
Normalmente, quando falamos de oração, estamos preocupados com respostas à oração, mas a ênfase do Senhor Jesus nesses versículos não está nas respostas que esperamos receber de Deus, mas na recompensa da oração. Com que base afirmamos isso? Com base na palavra “recompensa” no versículo 5, que é a mesma palavra “recompensa” por dar esmolas, do versículo 2, e “recompensa” por jejuar, do versículo 16. De acordo com o contexto, há uma recompensa para todos os que oram ao Pai. Podemos dizer que quando oramos estamos fazendo um depósito que certamente será sacado quando recebermos o reino. Isso nos mostra que ter nossas orações respondidas é secundário; o principal é receber a recompensa por nossa oração. Se nossas orações forem de acordo com a vontade de Deus, elas não apenas serão respondidas no tempo devido, como também serão lembradas e recompensadas no futuro diante do trono do julgamento. Portanto, a oração mencionada nesses versículos traz não apenas uma resposta hoje, mas também a justiça vindoura. Em outras palavras, nossa oração é nossa justiça.

Todavia, devemos enfatizar que além do galardão vindouro, a resposta que precisamos não provém de orações negligentes, indiferentes, rotineiras ou de orações originadas em motivos impuros.

Para irmos direto ao texto, vejamos que o Senhor fala sobre dois tipos de orações que não devemos fazer. Em seguida, veremos o modelo de oração que nos cabe orar. Primeiramente vamos considerar os dois tipos de oração que não devemos seguir.

1.    Não como os hipócritas que oram para serem vistos pelos homens.
“E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.” Mt 6:5
Segundo o texto, os hipócritas utilizam as orações, que deveriam ser para a gloria de Deus, para glorificar a si mesmos. Consequentemente, eles gostam de orar em lugares públicos. Não há problema em orar nesses lugares, o problema é orar em público para ser visto e reconhecido. Quem faz isso, não ora com o fim de ser ouvido por Deus, mas de ser ouvido pelos homens. Isso é pura exibição. Esse tipo de oração é muito superficial e não pode ser considerado oração a Deus, tampouco comunhão com Deus. Esses homens não podem esperar receber algo de Deus, porque o motivo por trás desse tipo de oração é receber glória dos homens. Toda oração tem recompensa, e eles já receberam sua recompensa; receberam o louvor dos homens. Portanto, no reino futuro, não haverá nada para ser lembrado.

Então, não podemos orar em público? Não é disso que trata o texto. O que devemos fazer é cuidar das motivações para oração. O Senhor disse: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto (lugar de intimidade) e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”. O aposento íntimo aqui é apenas um símbolo. As sinagogas e as esquinas referem-se, ambas, a lugares públicos, enquanto o aposento íntimo refere-se a um lugar escondido. É preciso dizer que, com certeza podemos encontrar o aposento íntimo nas sinagogas e nas esquinas, em lugares públicos. Vocês podem encontrar o aposento íntimo na calçada ou dentro de um carro. O aposento íntimo é onde você tem comunhão verdadeira com Deus em secreto; é o lugar onde você ora sem tentar, conscientemente, exibir sua oração. “entra no teu quarto e, fechada a porta...”, siginifica orar ao Pai de maneira separada, isso significa fechar o mundo no lado de fora e fechar-se no lado de dentro com Deus em um lugar secreto. Em outras palavras, ignorar todas as vozes exteriores e orar a Deus, sem interferências ou desvios de atenção.
Temos um depósito junto ao Senhor!

2.    Não repetir palavras vazias, como fazem os gentios.
“ E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.” Mt 6:8
O Senhor nos ensinou não apenas a nos trancar em secreto quando oramos; Ele também nos ensinou a não usar “...de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.” A expressão “muito falar” em grego e usada para descrever o som monótono e repetitivo de uma pessoa balbuciante. Algumas pessoas repetem monotonamente as mesmas palavras em suas orações. Esse tipo de oração tem apenas som; não tem significado algum. É o mesmo que ouvir o som repetitivo de uma máquina em uma linha de produção. É como ouvir o ruído das rodas de um trem sobre um trilho. É como o som monótono de passos no paralelepípedo. Essas pessoas repetem continuamente as mesmas palavras. Elas presumem que suas orações serão ouvidas pelo seu muito repetir. Mas esse tipo de oração é inútil; não tem eficácia diante do Pai. Nenhum cristão deve orar dessa maneira.
O outro extremo é que alguns dizem que, uma vez que Deus sabe o de que necessitamos, não precisamos pedir-Lhe nada. Isso é uma grande tolice. O propósito da nossa oração não é dar um relatório a Deus do que estamos necessitando, mas mostrar-Lhe nossa confiança, nossa fé, nosso desejo e principalmente nossa dependência. PORTANTO, É CORRETO ORARMOS! Mas, quando orarmos, nosso desejo e fé deve exceder nossas palavras.
Como devemos orar?
“Portanto, vós orareis assim...”
Vejamos, agora, a oração que o Senhor ensinou. Essa oração é conhecida como um modelo de oração, mas isso não é correto. Essa oração não uma oração modelo como costumamos dizer, mas é uma lição sobre princípios de oração. Lucas 11 mostra claramente esse assunto (vs. 14). Devemos aprender cuidadosamente com essa oração. 11 O Senhor disse: “Portanto, vós orareis assim”. Com isso, Ele não queria dizer que devemos orar copiando as suas palavras, mas seguir os seus princípios. O Senhor quis dizer que devemos orar dessa maneira. Jesus estava nos ensinando a orar por princípios. Não precisamos imitar Suas palavras, mas a orar de maneira correta.

Como devemos orar?
1.    Quando orarmos, devemos nos achegar a Deus como filhos.
“Pai nosso, que estás nos céus.” Mt 6:9
“Pai” é um título honroso, um novo nome revelado por Jesus pelo qual podemos nos dirigir a Deus. Antes disso, o homem chamava Deus de “Todo-Poderoso”, “Altíssimo”, “Deus vivo” ou “Jeová”. Ninguém ousava chamar Deus de “Pai”. Essa foi a primeira vez que a palavra “Pai” foi usada para se referir a Deus. Isso nos mostra claramente que essa oração é para os que são salvos, aqueles que já têm a vida eterna, aqueles que foram feitos filhos. Quando um homem é salvo, ele pode chamar Deus de Pai. Somente os que foram gerados por Deus são filhos de Deus, e somente eles podem chamar Deus de Pai. Essa oração é dirigida ao “Pai nosso que estás nos céus”. Isso é muito confortante! Muitos irmãos que conheço tem dificuldades em enxergar Deus como um Pai amoroso. Se nos achegamos ao Senhor como servos, O veremos apenas como Senhor. Se nos aproximarmos d’Ele como empregados, O veremos como um patrão apenas. Todavia, se temos revelação de paternidade e filiação, podemos nos achegar a Ele como filhos. Assim seremos supridos pelo Pai de amor.

2. Devemos orar para satisfazer a vontade de Deus em primeiro lugar.
1.    Três desejos ou necessidades relacionados com Deus
Nessa primeira parte, vejamos os três desejos relacionados com Deus.
1.a. A primeira necessidade:
“santificado seja o teu nome...”
Deus tem uma expectativa de que todos oremos para que Seu nome seja santificado pelos homens. Nos céus, Seu nome é exaltado entre os anjos, mas na terra o Seu nome é usado em vão; até mesmo os ídolos usam e escarnecem de Seu nome. Quando um homem toma o nome de Deus em vão, Deus não o fulmina com uma descarga elétrica, mas se oculta, como se não existisse. Quando um homem toma o nome de Deus em vão, apaga a luz de Deus e o oculta dos olhos dos perdidos. Todavia, Deus quer que seus filhos orem: “Santificado seja o Teu nome” e façam por onde santificarem o Seu nome. Aqueles que amam a Deus e O conhecem, desejarão que o Seu nome seja santificado. Você se sente bem quando alguém fala mal de pessoas que você ama? Certamente não.

1.b. A segunda necessidade:
“Venha o Teu Reino...”
Que tipo de reino é esse? Se lermos o contexto em Mateus, veremos que esse reino se refere ao reino dos céus, a completude da vontade de Deus aqui na terra. Mas será isso possível? Posso afirmar que sim! Pois foi para isso que o Senhor se manifestou, para destruir as obras do diabo aqui na terra (1Jo 3:8). Mesmo que hoje a terra esteja sendo comandada por satanás e seus anjos, o reino de Deus que está no céu pode e descerá para a terra. Eu sei que você sonha com um reino celestial nos ares, acima nos céus, mas o reino dos céus descerá e estabelecerá o governo dos céus na terra.

1.c. A terceira necessidade:
faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.”
A oração aqui é: “faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”. Isso mostra que a vontade de Deus é feita no céu, mas não é plenamente feita na terra. Deus é Deus; quem pode impedir que Sua vontade seja feita? O homem pode parar Deus? O Maligno pode parar Deus? Ninguém pode parar Deus. Por que, então, temos de orar? Para responder a essa pergunta, temos de mencionar algo sobre o princípio da oração. Em toda a Bíblia, há alguns princípios básicos sobre a verdade. O princípio da oração é um deles. Irmãos, temos de perceber que é maravilhoso que tal coisa como a oração possa existir na Bíblia. Deus de fato já conhece nossa necessidade. Por que, então, temos de orar? Aos olhos do homem, uma vez que Deus é onisciente, não é necessário que o homem ore. Contudo, de acordo com a Bíblia, Deus precisa da oração do homem. A oração significa que Deus deseja fazer algo, mas não o fará por Si mesmo; antes de fazê-lo, Ele esperará que o homem na terra ore por isso. Deus tem Sua vontade e pensamentos. Contudo, Ele está esperando que o homem ore. Deus conhece nossas necessidades; contudo, tem de esperar que o homem ore, antes que Ele faça algo. Ele não se move por Si mesmo; mas somente depois que o homem tiver orado. A razão de precisarmos orar é que Deus não fará nada por Si mesmo; Ele precisa esperar que o homem ore antes que Ele trabalhe.

3. Devemos orar pelas nossas necessidades.
A segunda parte é sobre as três coisas que oramos em nosso favor.

1.    O Pai tem uma provisão diária para seus filhos.
“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”
Quando algumas pessoas leem isso, elas não entendem porque o Senhor, de repente, volta-se do nome de Deus, de Seu reino e Sua vontade para o pão nosso de cada dia. Até aqui, a oração está elevada ao nível celestial, pois trata da necessidade de Deus. Mas não pense que estaremos retrocedendo ao falar das nossas necessidades.
Quando um verdadeiro homem de Deus ora continuamente pelo Seu nome, reino e vontade, o Senhor cuida desse homem.

Devemos perdoar da mesma forma que fomos perdoados.
“perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores.”
Por um lado, há a exigência de nossas necessidades materiais. Por outro, há a exigência de uma boa consciência. Diariamente nós cometemos ofensas contra Deus. Em muitas coisas, pode ser que não tenhamos pecado, mas ficamos devedores. Deixar de fazer o que deveríamos é ficar devedores. Não é fácil manter uma boa consciência diante de Deus. Toda noite, quando vamos para a cama, damo-nos conta de que cometemos muitas ofensas contra Deus. Pode ser que não sejam pecados, mas ainda são dívidas. Temos de pedir a Deus que nos perdoe e perdoe nossas dívidas para que possamos ter uma boa consciência. Isso é muito importante. Ter nossas dívidas perdoadas é como ser perdoado de nossos pecados; precisamos disso para que possamos ter uma boa consciência diante de Deus com ousadia. Muitos irmãos e irmãs têm a experiência de que, assim que sua consciência tem um furo, sua fé se esvai. Não devemos ter nenhum vazamento em nossa consciência. Quanto à fé e à boa consciência, Paulo disse que “alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé” (ITm 1:19). A consciência é como um barco; ela não pode ter furo algum. Uma vez que a consciência tem um furo, a fé vaza. A consciência não pode ter dívidas; ela não pode acumular ofensas. Uma vez que ela tenha qualquer ofensa, ela terá um furo, e a primeira coisa que irá vazar é a nossa fé. Se a consciência tiver um furo, não se pode crer, mesmo que se tente. Uma vez que a condenação se levanta na consciência, a fé se esvai. Portanto, irmãos, para manter uma boa consciência, temos de pedir a Deus que perdoe nossas dívidas. Essa é uma questão crucial. Esse
perdão de nossa dívida nada tem a ver com recebermos a vida eterna. Mas tem a ver com nossa comunhão e com a disciplina de Deus.

Devemos orar por livramento
“e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal”.
A primeira parte fala das nossas necessidades materiais. A segunda fala do nosso relacionamento com os irmãos e irmãs. Esta parte fala do nosso relacionamento com Satanás. “E não nos deixes cair em tentação” é uma petição negativa. “mas livra-nos do mal” é a petição positiva. Por um lado, quando vivemos na terra para Deus e temos um forte desejo de ser para o Seu nome, Seu reino e Sua vontade, temos necessidades materiais; temos de pedir pelo nosso pão de cada dia. Por outro lado, nossa consciência precisa estar limpa e vazia, sem ofensas diante de Deus; precisamos que Deus perdoe nossas dívidas. Mas há outra coisa. Também precisamos de paz; precisamos pedir a Deus que nos livre das mãos de Satanás. Irmãos, quanto mais tomamos o caminho do reino dos céus, maiores serão as tentações. Que devemos fazer, então? Podemos orar e pedir a Deus que não nos deixe “cair em tentação”. Irmãos, não podemos confiar tanto em nós mesmos, que venceremos qualquer tentação. Uma vez que o Senhor nos disse para orar, devemos orar para que Deus não nos deixe cair em tentação. Não sabemos quando virá a tentação. Mas podemos orar antecipadamente para que não caiamos em tentação. Essa oração é para nossa proteção. Não estamos diariamente esperando que a tentação venha. Antes, estamos orando diariamente para que ela não venha. Devemos pedir que somente nos defrontemos com aquilo que o Senhor permitir que nos sobrevenha e que não nos deparemos com coisa alguma que o Senhor não permitir que nos sobrevenha. Se não orarmos dessa maneira, não seremos capazes de suportar a tentação nem por um instante; não seremos capazes de realizar coisa alguma. Devemos pedir ao Senhor que não nos deixe cair em tentação alguma, não permitindo que defrontemos com nada com o que não devamos defrontar, nem passar por nada pelo que não devemos passar. Essa é uma oração protetora. Irmãos, temos de orar para que Deus nos proteja, de maneira que nosso pão de cada dia seja suprido, nossa consciência seja limpa e não defrontemos com a tentação. Em tudo, temos de pedir ao Senhor que não nos deixe cair em tentação. Devemos orar para não encontrar nada que não tenha sido permitido pelo Senhor. Diariamente, temos de pedir a Deus que nos livre da tentação.

Três coisas pelas quais devemos louvar
4. Devemos encerrar nossa oração louvando e adorando seu nome
Por fim, o Senhor nos ensinou a louvar por três coisas: “Pois Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”. Esse louvor nos diz que o reino, o poder e a glória pertencem ao Pai. Essas três coisas que louvamos estão relacionadas com estarmos livres do maligno. Elas também estão relacionadas com toda a oração que o Senhor ensinou. Oramos para que o Senhor nos livre do maligno porque o reino é do Pai e não de Satanás, porque o poder é do Pai e não de Satanás, e porque a glória é do Pai e não de Satanás. Esse é o ponto principal: uma vez que o reino, o poder e a glória pertencem ao Pai, não devemos cair nas mãos de Satanás. Essa é a verdadeira razão que está por trás de não cairmos nas mãos de Satanás. Se cairmos nas mãos de Satanás, como
poderemos glorificar ao Pai? Se o Pai deve ter poder sobre nós, Satanás não pode ter poder sobre nós. Como o reino dos céus pertence ao Pai, não podemos nem devemos cair nas mãos de Satanás.
A importância de perdoar as ofensas dos outros
Depois que o Senhor terminou Seu ensino sobre a oração, Ele prosseguiu dizendo: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; 15 se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.”. Essa é a interpretação do Senhor do versículo 12, que diz: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores”. É fácil os cristãos falharem na questão de perdoar os outros. Se existir algum rancor entre os filhos de Deus, todas as lições, fé e poder irão vazar. Por isso o Senhor é tão forte e claro. Essa palavra é simples, mas os filhos de Deus precisam dela. “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará.” É tão simples recebermos o perdão do Pai. “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” Não existe o perdão indiferente. Essa palavra é simples, mas o fato não é tão simples. Se perdoarmos aos outros com a nossa boca mas não com o coração, isso não é considerado perdão aos olhos do Pai. Perdão somente de boca é vão e enganoso e não é levado em conta diante do Pai. Devemos perdoar de coração as ofensas dos outros.

Por fim, devemos notar quanto o Senhor se importa com a questão da oração. Há apenas quatro versículos que falam de dar esmolas. Sobre jejuar, há apenas três versículos. Mas sobre a oração, Ele fala de maneira enfática, porque a oração tem a ver com Deus. A oração é a obra mais importante de um cristão. O Senhor nos mostra que há uma recompensa para a oração porque a oração é algo muito grande; é um assunto grandioso. Os que forem fiéis a essa obra de oração receberão uma recompensa. Os que continuarem com essa obra em secreto e atentarem para ela não ficarão sem recompensa. Que Deus levante pessoas que orem pela obra de Deus.

Além disso, a oração que o Senhor ensinou sempre menciona “nos” e “nós”. Essa é a maneira de a igreja falar. Essa é uma oração cheia do sentimento do Corpo. É uma oração tremenda. Não sei quantos santos há na terra que possam fazer essa oração. Irmãos, que nos consagremos novamente para essa grande oração! Um número incontável de santos, através dos séculos, tem se tornado parte dessa grande oração. Que o Senhor seja misericordioso para conosco para que também nós tenhamos parte nessa grande oração.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A TERRA CONTROLA O CÉU. Parte1

Texto: MT 18:15-18
“15 Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão; 16 mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. 17 Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano. 18 Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu. 19 Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. 20 Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

18 “Levem isto muito a sério: um ‘sim’ na terra é um ‘sim’ no céu; um ‘não’ na terra é um ‘não’ no céu. O que vocês dizem um ao outro é eterno. Estou falando sério. Quando dois de vocês concordam em algo e oram por isso, meu Pai no céu entra em ação. E, quando dois ou três de vocês se reunirem por minha causa, não tenham dúvidas de que estarei ali”. MT 18:18-20 (Biblia A Mensagem)

Introdução
Deus nos dá autoridade em seu nome para exortar e repreender o comportamento falho de um irmão, na intenção de abençoá-lo e integrá-lo novamente ao Corpo de Cristo. Mas no caso deste irmão continuar andando de maneira errante, Jesus orienta que não mais um, mas dois ou mais irmãos devem repreendê-lo. Se ainda assim este irmão não se concertar e insistir em continuar pecando de maneira deliberada, Jesus pede para que o pecador voluntário seja levado ao julgamento da igreja e a mesma determinará o seu fim. Em última instância, a igreja tem a palavra final, pois sobre a igreja de Jesus repousa toda autoridade do universo.

Como assim pastor?
Sim, toda autoridade do universo está sobre nós na igreja de Jesus, pois esta é o corpo de Cristo. Jesus não tem maior poder que a igreja, pois somos o corpo do Senhor. O corpo sempre manifesta as vontades e direções da cabeça. É simples assim.

Entendendo o texto de Mateus 18:15-20
Vamos dividir o texto compartilhado em duas sessões. Os versículos 15 a 17 tratam de um caso específico, de um problema, enquanto que os versículos 18 a 20 trazem a solução para o problema. Se os lermos cuidadosamente, descobriremos a relação entre as duas seções. Os versículos 15 a 17 tratam de uma coisa específica, uma coisa em particular, ao passo que os versículos 18 a 20 tratam de um princípio geral de resolução.

Embora o caso nos versículos 15 a 17 seja mencionado primeiro, e o princípio nos versículos 18 a 20 venha em seguida, as palavras nos versículos 18 a 20 são mais importantes que as dos versículos 15 a 17. Em outras palavras, a primeira seção trata de um caso específico, ao passo que a segunda seção trata de um princípio geral, um princípio grandioso. A primeira sessão fala de um problema, que é comum a todos nós, mas a segunda sessão nos fala de um poder absoluto, invariável e infalível. A primeira seção meramente apresenta uma situação passageira, mas a segunda revela onde está o poder para vencê-lo.

Depois que o Senhor Jesus mencionou o caso do irmão rebelde, Ele disse: “Em verdade vos digo”. Essa expressão “Em verdade vos digo” acentua, enfatiza, reforça uma verdade ou princípio absoluto.

Ele queria dizer que se existem alguns problemas que não conseguimos vencer sozinhos, devemos levá-los à igreja e no exercício ou movimento de autoridade da igreja, podemos solucioná-lo.

Esse é um princípio importante, é a base para afirmar que a igreja na terra determina o que é feito nos céus.

Temos de ver que não apenas devemos lidar com a ofensa de um irmão contra nós, mas também com milhares de outras coisas. Agora queremos considerar o que Deus deseja que saibamos na segunda seção.

A terra controla o céu
No versículo 18, o Senhor diz: “Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu.”

Que há de tão revelador nesse versículo? O especial é que deve haver um mover sobre a terra antes que haja um mover no céu. Não é o céu que liga ou desliga primeiro, mas é a terra. Não é o céu que solta ou segura primeiro, mas é a terra. Não é o céu que determina bênção ou maldição primeiro, mas a terra. Não é o céu que manifesta vida ou morte primeiro, mas os homens na terra.

Depois que a terra amarra, o céu amarra; depois que a terra solta, o céu solta. O mover no céu é controlado pelos homens que se movem na terra. Tudo o que é contrário a Deus tem de ser amarrado, e tudo o que está em harmonia com Deus tem de ser solto. Amarrar ou soltar, ligar ou desligar, abençoar ou amaldiçoar, precisa ser algo iniciado na terra.

O mover sobre a terra precede o mover no céu. Os homens reunidos na igreja controlam o céu.

Foi exatamente isso que Jesus disse: “Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu.”

Isso está perfeitamente em harmonia com Gênesis 1:26-28.

“26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. 27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a...” Gn 1:26-28b

Depois de criar o homem, Deus já não podia agir como desejava. Ele tinha de perguntar ao homem se desejava e estava disposto a fazer o mesmo que Ele. Deus não pode tratar o homem como uma pedra, um pedaço de madeira, uma mesa ou uma cadeira, porque o homem tem livre arbítrio. Desde o dia em que foi criado por Deus, o homem pode escolher entre permitir que a autoridade de Deus fosse levada a cabo ou impedida. Por isso afirmamos que, no tempo, o período entre as duas eternidades, a autoridade de Deus é limitada pelo homem.

É coerente dizer que na terra, os homens controlam o céu a partir de alguns casos no Antigo Testamento. Quando Moisés e seus auxiliares estavam no monte, os israelitas venciam cada vez que ele levantava as mãos, e os amalequitas venciam cada vez que ele as abaixava (Êx 17:9-11). Quem decidiu a vitória ao pé do monte? Deus ou Moisés? Irmãos, temos de enxergar o princípio com que Deus trabalha, e reconhecer que Deus não pode fazer o que quer na terra a não ser que o homem o queira.

O agir de Deus na terra tem de ser desencadeado por homens na terra. Não podemos fazer com que Deus faça o que Ele não quer, mas podemos impedi-Lo de fazer o que Ele quer. A vitória foi decidida por Deus no céu, contudo diante dos homens foi decidida por Moisés. De fato, Deus no céu queria que os israelitas vencessem, mas se Moisés na terra não tivesse levantado as mãos, os israelitas teriam perdido. Quando ele levantou as mãos, os israelitas venceram. A terra controla o céu.

Ezequiel 36:37 diz: “Assim diz o Senhor Deus: Ainda por isso serei consultado da parte da casa de Israel, que lho faça; multiplicá-los-ei como a um rebanho”. Deus tinha o propósito de multiplicar o número da casa de Israel para que os israelitas crescessem como um rebanho. Os que não conhecem a Deus dirão: “Se Deus quisesse multiplicar o número dos israelitas como um rebanho, Ele poderia simplesmente fazê-lo. Quem poderia impedi-Lo?” Mas esse versículo diz que isso deveria ser solicitado a Deus antes que Ele o fizesse. Esse é um princípio claro. Mesmo que Deus decida a respeito de um assunto, Ele não o fará imediatamente. Ele somente multiplicaria a casa de Israel depois que eles Lhe solicitassem. Ele quer que a terra controle o céu. Depois que Deus criou Adão, este nunca mais agiu sem que homens determinassem o seu agir.

“Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” Jr 29:13
“Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.”Jr 33:3
 “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. 8 Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.” Mt 7:7

Isaías 45:11 traz uma palavra mais específica: “Assim diz O SENHOR, o Santo de Israel, aquele que o
formou: Perguntai me as coisas futuras; demandai-me acerca dos meus filhos, e acerca da obra das minhas mãos” (RC). Irmãos, essa palavra não é mais específica? Quanto aos filhos e à obra de Sua mão, Deus diz que podemos demandá-Lo (exigi-lo ou mandá-lo). Nós teríamos medo de usar a palavra “mandar”. Como o homem poderia mandar em Deus? Todos os que conhecem a Deus sabem que o homem não pode orgulhar-se diante Dele. Mas, o próprio Deus diz: “Demandai-me acerca dos meus filhos e acerca da obra das minhas mãos”. Isso é a terra controlando o céu. Não significa que podemos mandar ou exigir que Deus faça o que Ele não deseja. Antes, significa que podemos determinar Deus fazer o que Ele quer fazer. Essa é a nossa posição. Depois que conhecemos a vontade de Deus, podemos dizer-Lhe: “Deus, queremos que o Senhor faça isso. Estamos decididos que deve fazê-lo. Deus, Tu terá de fazê-lo”. Podemos proferir orações fortes e poderosas como essa diante de Deus. Aleluia!!!

Temos de pedir a Deus que abra nossos olhos para ver o tipo de obra que Ele está fazendo nesta era. Nesta era, toda a Sua obra baseia-se nessa posição. O céu pode desejar realizar algo, mas não o fará sozinho; ele espera que a terra o faça primeiro, e, então, o faz. Embora a terra esteja em segundo lugar, ela, ao mesmo tempo, também tem o primeiro lugar. A terra deve mover-se antes do céu. Deus quer que a terra mova o céu.

Os homens a partir da terra governam o céu!

O mais forte argumento que respalda essa afirmação que, os homens na terra governam o céu, é o próprio Deus se tornando homem e habitando na terra, para a partir da sua vida como homem aqui na terra governar o céu.

Deus não age à revelia do homem. Este Deus Poderoso, só pode liberar quando nós como igreja ligamos ou desligamos algo a respeito de sua vontade.

Harmonia de vontades
Deus está disposto para liberar sobre a terra todas as suas bênçãos, mas não pode até que nós homens liguemos isso na terra. Ele deseja que a livre vontade (livre arbítrio) do homem esteja em harmonia com a Sua. Jesus veio estabelecer um padrão de comportamento para a sua igreja que harmonize os corações dos homens com o coração de Deus, quando atingimos esse nível de intimidade de sermos um e ligamos na terra, os céus são ativados em nosso favor, e nada nem ninguém, nem mesmo Deus se oporá.

No sentido inverso disso, Deus pode desejar que algo seja grande, contudo o homem desejar que seja pequeno. Ou Deus pode desejar que algo seja pequeno, e o homem pode desejar que seja grande.

No tempo de Deus (cairós), Ele reina soberano, mas no tempo do homem (cronos), tudo acontece e vem a existência a partir dos homens reunidos e ligando ou desligando na terra. No cronos, o mover de Deus é controlado pelo homem. Essa palavra refere-se à igreja. Todo mover de Deus é limitado pela igreja no tempo, porque a igreja representa o homem e o poder dos céus. A igreja está na terra hoje com vistas à vontade de Deus. Se a igreja alcançar o padrão da vontade de Deus, Ele não será limitado. Mas se ela não chegar ao padrão da Sua vontade, Deus será limitado. Deus faz o que deseja por meio da igreja. Hoje, a igreja precisa tomar a posição que o homem terá na eternidade, de ser a exata expressão de Deus. Quando a igreja colocar sua vontade sob a vontade de Deus hoje, Ele Se moverá da mesma maneira que o fará na eternidade. Ele Se moverá como se nenhuma outra vontade se opusesse a Ele. Isso é glória para Deus!
Agora podemos ver a importante posição da igreja diante de Deus. Não podemos degradar, diminuir ou desvalorizar tanto a igreja, sugerindo que ela seja meramente uma reunião. Não, a igreja é um grupo de pessoas que foram redimidas pelo sangue, que foram regeneradas pelo Espírito Santo, que se entregaram na mão de Deus e que estão dispostas a tomar a vontade de Deus, fazer a vontade de Deus e posicionar-se por Deus na terra para manter Seu testemunho.

Deus está no céu. Contudo, todas as Suas obras na terra só podem ser realizadas quando há uma vontade na terra que concorde com essas obras e decida fazê-las. Ele não porá de lado a vontade do homem sobre a terra. Ele não usurpará a vontade do homem sobre a terra nem agirá independentemente. Tudo o que se refere a Ele só pode se cumprir quando há uma vontade na terra que coopera com Ele. Quando a terra trabalha, Deus trabalha. Quando a terra age, Deus age. Quando a terra decide, Deus decide. Deus precisa que a vontade do homem esteja em harmonia com a Sua. Essa harmonia de vontade é uma grande glória para Deus!

Três princípios grandiosos
Deus não age independentemente; Ele nada faz por Si mesmo. Mesmo que tenha uma vontade, Deus quer que a livre vontade que há na terra ecoe Sua vontade antes que Ele faça algo. Se houver apenas uma vontade no céu, Deus não agirá. O mover celestial é levado a cabo na terra somente quando a terra deseja o mesmo que o céu. Hoje, isso é chamado de ministério da igreja. Irmãos, o ministério da igreja não é somente a pregação do evangelho. Isso não quer dizer que não deveríamos pregar o evangelho; mas que o ministério da igreja não é meramente a pregação do evangelho. O ministério da igreja é trazer a vontade do céu para a terra. Como a igreja hoje traz a vontade do céu para a terra? Por meio da oração na terra.

A oração não é algo tão pequeno e insignificante como alguns podem pensar. Não é algo dispensável. A oração é uma obra. A oração e a igreja dizendo a Deus: “Deus, nós queremos Tua vontade”. A oração e a igreja conhecendo o coração de Deus e abrindo a boca para pedir aquilo que está no coração de Deus.
Se a igreja não fizer isso, ela não terá muita utilidade na terra.

Muitas orações para edificação espiritual, orações para comunhão e orações de súplica não podem substituir as orações que são da natureza da obra ou do ministério. Se todas as nossas orações forem orações espirituais para edificação, comunhão e súplicas, elas serão muito pequenas. Uma oração que está na natureza da obra ou do ministério é aquela em que você se coloca do lado de Deus, querendo o que Deus quer. Irmãos, se uma oração e proferida segundo a vontade de Deus, ela é a coisa mais poderosa. A igreja orar significa que ela descobre a vontade de Deus e declara essa vontade. Oração não é somente pedir algo a Deus. A igreja orar significa que ela se posiciona do lado de Deus para declarar que o homem deseja o que Deus deseja. Se a igreja fizer essa declaração, tal declaração será eficaz. Agora, consideremos os três grandes princípios na oração ministerial a partir de Mateus 18:18-20.

1.    Deus só faz por meio da Igreja
No versículo 18 o Senhor diz: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu.”. A quem Ele se dirige aqui? À igreja, porque o versículo 17 menciona a igreja, e o versículo 18 é uma continuação do 17. Tudo o que a igreja ligar na terra, terá sido amarrado no céu, e tudo o que a igreja desligar na terra, terá sido desligado no céu. Esse é um princípio muito importante: Deus hoje trabalha por meio da igreja. Deus não pode fazer coisa alguma à vontade; Ele tem de fazer tudo por meio da igreja. Se não for por meio da igreja, Deus nada pode fazer. Irmãos, esse é um princípio muito sério. Deus, hoje, nada pode fazer por Si próprio. Além da Sua vontade há uma livre vontade. Se esta última não cooperar com Ele, Ele nada poderá fazer. A intensidade de poder que a igreja tem, expressa a intensidade de poder que Deus tem, porque Seu poder é expresso pela igreja.

2. Deus colocou-Se na igreja.
A altura e extensão que a igreja alcança é a altura e extensão que o poder de Deus alcança. Se o poder da igreja é pequeno e restrito, Deus não pode expressar quão elevado e extenso é Seu poder. Se os irmãos são tímidos, o poder será tímido. Se somos rasos, o poder será raso também.

As represas que abastecem as nossas casas são enormes, mas se você não abrir a torneira em sua casa, a grande quantidade de água não fluirá. Se quiser mais água em sua casa, além de abrir a torneira, você precisará instalar um cano mais grosso. A capacidade da igreja hoje determina a intensidade com que o poder de Deus é expresso. Isso pode ser visto na expressão de Deus em Cristo; a capacidade de Cristo é o grau da manifestação de Deus. Hoje Deus é expresso na igreja; a capacidade da igreja determina o grau de expressão de Deus e também a quantidade de conhecimento que se pode ter de Deus.

3.    Deus quer fazer muitas coisas na terra hoje.
Mas Ele precisa que a igreja esteja a Seu lado para que Ele possa realizar essas coisas por meio dela. Deus não pode fazer o que deseja por Si mesmo. Ele tem de fazê-lo com a cooperação da Igreja. A igreja é o meio pelo qual Deus Se expressa. Permitam-me repetir: a igreja é como uma torneira. Se a torneira for pequena, a quantidade de água que flui por ela não será grande, mesmo que haja tanta água como no rio Amazonas. Deus de fato deseja operar no céu, mas Ele tem de esperar a terra mover-se para que Ele possa trabalhar. Há muitas coisas que Deus deseja amarrar no céu, e muitas outras que Ele deseja soltar. Deus deseja que muitas pessoas, objetos e coisas que são contrários a Ele sejam amarrados, e igualmente deseja ver soltas muitas coisas espirituais, valiosas, benéficas e santas, que Lhe pertencem. A questão é se há ou não homens na terra para amarrar o que Deus quer amarrar, e soltar o que Deus quer soltar. Ele quer que a terra controle o céu. Deus quer que a igreja controle o céu.

Isso de maneira nenhuma significa que Deus não seja onipotente. Sem dúvida, Deus é onipotente, mas Ele precisa de um canal na terra para poder manifestar Sua onipotência. Não podemos aumentar o poder de Deus, mas podemos escondê-lo. O homem não pode aumentar o poder de Deus, mas pode bloqueá-lo. Não podemos pedir a Deus que faça o que Ele não quer fazer, mas podemos limitar o que Ele quer fazer.

Irmãos, vocês viram isso? Há um poder na igreja que coloca o poder de Deus sob seu controle. Esse poder pode permitir que Deus faça o que deseja e pode impedi-Lo de fazer o que quer. Nossos olhos precisam ser abertos para vermos o futuro. Um dia Deus expandirá a igreja até se tornar a Nova Jerusalém. A glória de Deus será manifestada na igreja sem nenhum impedimento. Hoje Ele deseja que a igreja primeiramente solte na terra para que Ele solte no céu. Ele deseja que a igreja primeiramente amarre na terra para que Ele amarre no céu. O céu não tomará a iniciativa do trabalho; ele segue o trabalhar da igreja. Irmãos, sendo assim, que grande responsabilidade a igreja tem!

A igreja é o vaso escolhido de Deus. Deus pôs Sua vontade nesse vaso para que ele declare a sua vontade na terra. Quando a terra quer algo, o céu também o quer. Quando a igreja quer algo, Deus também o quer. Portanto, se a exigência de Deus for rejeitada na igreja, Deus não será capaz de levar a cabo no céu o que Ele deseja fazer.

Deus quer aliviar a nossa pressão
Muitos irmãos e irmãs estão carregando um fardo dia e noite. Eles carregam o fardo porque não oraram. Uma vez que a torneira é aberta, a água flui. Quando ela é fechada, o fluxo de água é interrompido. A pressão da água é forte quando a água é liberada ou quando ela é presa? Todos sabemos que quando a água é liberada a pressão diminui. Quando a água é retida, a pressão aumenta. Quando a igreja ora, é como abrir a torneira; quanto mais a torneira é aberta, menor é a pressão. Se a igreja não ora, é como uma torneira fechada, com a pressão aumentando cada vez mais. Quando Deus quer fazer algo, Ele põe um encargo em um irmão, irmã ou em toda a igreja. Se a igreja orar e cumprir seu papel, ela sentir-se-á aliviada. Quanto mais a igreja ora, mais aliviada ela se sente. Ao orar uma vez, duas, cinco, dez ou vinte vezes, ela sente-se cada vez mais aliviada. Se a igreja não orar, ela irá sentir-se obstruída e pesada. Se a igreja continua sem orar, ela morrerá sufocada. Irmãos, se vocês sentem-se pesados e pressionados interiormente, vocês não cumpriram seu ministério diante de Deus; a pressão de Deus está sobre vocês. Tentem orar meia hora ou uma hora; a pressão será liberada e vocês sentir-se-ão aliviados.

Que é, então, o ministério de oração da igreja? É Deus dizer a igreja o que Ele deseja fazer e a igreja orar, na terra, a respeito do que Deus quer fazer. Essa oração não é pedir a Deus que Ele faça o que nós desejamos que Ele faça, mas pedir a Deus que realize aquilo que Ele deseja realizar. Irmãos, a responsabilidade da igreja é declarar a vontade de Deus na terra. Na terra, a igreja declara por Deus: "É isso que desejo". Se a igreja fracassar nessa questão, ela não será muito útil nas mãos de Deus. Mesmo que tudo o mais esteja bem, ela não terá muita utilidade se falhar nesse aspecto. A maior utilidade da igreja está no fato de ela posicionar-se para que a vontade de Deus seja feita na terra.