segunda-feira, 13 de julho de 2009

Desculpas mais comum para não entregar o dízimo


Texto: Mal.3:7-12
O dízimo é um teste de fé em que muitos têm sido repro¬vados. São muitas as desculpas aparentemente teológicas que as pessoas dão para tentar aplacar a sua consciência.
Gostaria de abordar aqui as desculpas mais freqüentes.


1. O dinheiro é meu, eu ganhei
É comum a idéia de que temos completa autoridade sobre nossos bens. Mas a realidade é bem diferente: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém” (Sl 24.1). Tudo o que temos vem do Senhor e indiretamente procede do nosso trabalho (1Cr 29.14). Os nossos bens nos perten¬cem da mesma forma que o quarto do nosso filho perten¬ce a ele. Na verdade, pertence aos pais que deram tempo¬rariamente ao filho. Isso é muito mais verdadeiro quando se relaciona a nós que fomos comprados pelo sangue de Jesus (1Co 6.20).
2. Minha oferta é algo entre eu e Deus e ninguém mais
Muitos cristãos pensam que a sua oferta é algo privado e somente Deus pode saber. Eles usam o texto de Mateus 6 como justificativa: “Tu, po¬rém, ao dares a esmola, igno-re a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita” (v. 3). Mas aqui as palavras de Je-sus estão relacionadas com a motivação do coração e não com a privacidade. Sempre que alguém insiste na priva¬cidade é por ter algo a escon¬der. É vontade de Deus que, como discípulos, prestemos conta da nossa fidelidade uns aos os outros. Ofertar é uma questão que envolve você, Deus e os irmãos.
3. Deus ama a quem dá com alegria, como não me sinto alegre, não dou de forma alguma
“Deus ama a quem dá com alegria” (2Co 9.7), mas isso não significa que você precisa esperar até se sentir sufi¬cientemente alegre para dar. A obediência não depende de sentimento. A alegria, normalmente, vem durante ou de¬pois de ofertarmos. Devemos aspirar sermos grandes do¬adores e a melhor maneira de cultivar a alegria de dar é dando. Se você não sente alegria em ofertar, mude o seu coração, mas não deixe de ofertar.
4. Eu não confio na honestidade dos pastores e líderes, por isso não contribuo
Antes de tudo, precisamos entender que não damos à igre¬ja, mas ao Senhor. É verdade que damos ao Senhor atra¬vés da Igreja, mas não contribuímos como se fosse paga-mento de mensalidade de membros de um clube. Além disso, quem é você para julgar as motivações da sua lide¬ lide¬rança (Mt 7.1,2)? Será que nossos líderes necessitam de se arrepender ou nós é que precisamos rever nossa atitude?
O desconfiado não é confiável. Nós sempre julgamos os outros com base em nós mesmos. Como eu sou since¬ro diante de Deus, acho que todo mundo é; como eu es¬tou buscando a Deus, acho que os demais fazem o mes¬mo. Nunca julgue pela aparência, mas somente pela reta justiça (Jo 7.24).
5. Eu gostaria de ofertar, mas eu não tenho o suficiente
Ofertar pode ser um luxo para o rico, mas é um privilégio para o pobre. Muitos dizem que não podem dar, mas o que eles querem realmente dizer é que não podem dar confor¬tavelmente. Ofertar pode significar um sacrifício que pre¬cisa de uma medida de fé, algo que a Bíblia nos convida a fazer; e o maior exemplo é o próprio Senhor Jesus. Ele se fez pobre para nos fazer ricos (2Co 8.9). A oferta genuína é um sacrifício do conforto pessoal pelo reino de Deus.
6. Eu estou cheio de dívidas, por isso não posso ofertar agora
Você tem obrigação não somente pa¬ra com os seus credores, mas antes de tudo para com Deus. Especifica¬mente, a Bíblia nos ensina a dar ao Senhor as primícias, ou seja, o me¬lhor de nossa renda (Pv 3.9). O nos¬so primeiro cheque deve ser para Deus e ninguém mais. Refreamo-nos em dar porque nos sentimos insegu¬ros, mas Aquele que não poupou o seu próprio Filho não nos negará coi¬sa alguma (Rm 8.32), antes nos su-prirá em todas as nossas necessida¬des (Fp 4.19).
7. Eu quero ofertar, mas agora estou muito apertado
Alguns dos maiores exemplos de ge¬nerosidade na Bíblia são de pessoas pobres (Lc 21.1-4; 2Co 8.1,2). O receio e a insegurança não são motivos para deixarmos de ofertar. O Senhor sa¬be do que necessitamos e prometeu nos suprir (Mt 6.32). Se você espera se sentir seguro para ofertar, pode ser que esse dia nunca chegue. A provisão de Deus vem somente depois de ofertamos (2Co 9 6-11). É assim que a fé funcio¬na. Faça prova de Deus (Ml 3.10).
8. Eu sou um jovem e tudo o que tenho é a mesada dos meus pais
É verdade que a época de estudante é notoriamente um tempo difícil em nossa vida financeira. O estudante nor¬malmente não tem dinheiro, mas nem por isso está de-sobrigado da oferta. Ofertar é um privilégio e responsa¬bilidade de todo discípulo. Independe de idade ou renda. Devemos nos lembrar de que o milagre da multiplicação aconteceu, justamente, porque um jovem resolveu ofertar ao Senhor os cinco pães e os dois peixinhos, que era toda a sua merenda (Jo 6.9).
9. O dízimo não se aplica a nós, mas ao Velho Testamento
É de fato interessante ver que o dízimo, sendo uma parte tão importante do Velho Testamento, seja tão pouco men¬cionado no Novo Testamento. Devido a isso, alguns con¬cluem que Deus não requer mais o dízimo do Seu povo. Is¬so, porém, é um engano.
O padrão de Deus para o Novo Testamento é a excelên¬cia. Jesus disse: “Ouviste o que foi dito...”. Portanto, se a regra era não matar, agora é nem sequer chamar o ir¬mão de tolo; se era não adulterar, agora é nem sequer olhar com intenção impura; se era 10%, agora Deus re¬quer 100%. João Batista requereu 50% (Lc 3.11) e Jesus requereu 100% (Lc 21.1-4). O dízimo é apenas o ponto de onde partimos e não o nosso alvo final em Deus.
Se um crente não consegue deixar de adulterar, imagine deixar de olhar; se não consegue dar os dízimos, imagine quando Deus requerer algo mais. Além disso, Jesus não aboliu o dízimo, o confirmou em Mateus 23.23. O dízimo vem antes da lei. Abraão o entregou a Deus por meio de Melquisedeque (Hb 7.8).
10. Não dou o dízimo porque Deus não precisa de dinheiro
Deus é o dono de toda prata e todo ouro (Ag 2.8). Ele não apenas não precisa de dinheiro como não precisa de ho¬mem algum para servi-lO. Tudo faz parte do Seu treina¬mento em nossa vida. Pela graça você foi feito servo, aju¬dante de Deus.
11. A Bíblia diz que cada um deve contribuir segundo tiver proposto no coração. Então, sou livre para ofertar muito, pouco ou nada
É verdade que Paulo disse para cada um contribuir segun¬do tiver proposto no coração (2Co 9.7). Diante disso, po¬deríamos pensar que estamos autorizados a sermos ego¬ístas e avarentos. Para vermos o engano, basta irmos ao verso anterior em que Paulo nos estimula a semear muito para colher muito. O desejo dele é que nos sintamos livres para sermos generosos em amor.
12. Estou economizando para comprar uma casa e por isso parei de dar o dízimo momentaneamente
É ótimo que o crente economize e compre o que desejar com o seu dinheiro, mas não com a parte sagrada do Se¬nhor (Lv 27.32). Não faça compromissos com algo que não pertence a você.
13. Mordomia é mais que dinheiro. Eu oferto quando dou meu tempo e meus talentos
Guarde bem este conceito: mordomia é mais do que di¬nheiro, nunca menos. Servir a Deus implica mais do que dar dinheiro, mas nunca menos. Servir a Deus implica mui¬tas coisas, nunca menos do que ofertar. Quem diz que ser¬ve a Deus e não oferta está na verdade se enganando.
Essas desculpas comuns que ouvimos freqüentemente ser¬vem para disfarçar ou ocultar a nossa avareza. Meu desejo é que o seu coração seja liberado hoje e você possa ofer-tar com generosidade e alegria.
Que o Senhor possa nos livra, de dar aquilo que nos so¬bra. Que possamos dar ao Senhor algo que nos seja va¬lioso. Faça prova do Senhor, Ele abrirá a janela do céu e derramará bênção sem medida sobre sua vida.

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