quarta-feira, 4 de junho de 2014

OS PROBLEMAS PODEM SER POSITIVOS

Texto: Rm. 8:17
Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.
Devemos nos gloriar nas provações porque elas não ocorrem por acaso, antes, cumprem um propósito maior da parte de Deus.
Sabemos que o próprio Senhor teve de padecer para entrar na Glória.
Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? Lc. 24:26

O que acontece com Cristo deve acontecer com o cristão. Paulo mesmo afirma que precisamos sofrer com Cristo para também com ele ser glorificado.
O sofrimento que Cristo passou não foi a enfermidade, porque ele jamais ficou doente. Nem é o sofrimento das necessidade, porque ele foi suprido em tudo. Trata-se então do sofrimento da perseguição e das pressões do mundo. Todavia, como vivemos ainda num mundo caído, estamos sujeitos a vários tipos de sofrimentos. Podemos porém ter certeza que o Senhor está no controle de todas as coisas.
Tiago diz que deveríamos nos alegrar no meio das tribulações.
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Tg. 1:2-3
Tiago, porém, não está dizendo que devemos ser masoquistas e gostar do sofrimento. Percebemos o cumprimento de um propósito divino através de nossos sofrimentos. Não nos alegramos pelo sofrimento em si, mas pelo que ele produz. Há um processo para desfrutarmos da Glória.
Existem três palavras que descrevem o processo de tratamento de Deus conosco: santificação, transformação e conformação.
-A santificação é uma separação é um infundir de Deus.
-A transformação é uma restauração de algo que estava danificado.
-A conformação é processo de Deus nos fazer encaixar na forma que é Jesus.
Ex.: Tente pegar uma quantidade de massa disforme e colocá-la num molde. Ao fazermos isso uma quantidade de massa sobra nas beiradas e precisa ser removida. É precisamente essa a nossa experiência.
Quando somos colocados na forma que é Cristo muitas coisas em nossa vida como que sobram de fora da forma. Essas coisas então precisam ser removidas, mas o processo de removê-las invariavelmente produz dor e sofrimento.
Gostamos de paz, graça e glória, mas fugimos das tribulações, mas a palavra de Deus diz que elas são necessárias para chegarmos à glória.
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Rm. 8:28
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom animo; eu venci o mundo. Jo. 16:33
Podemos tirar coisas positivas do sofrimento e crescermos com ele. Não quero estimular você a aprender com o problema e não buscar um milagre de fé para resolve-lo. Devemos aprender com o sofrimento até mesmo para podermos experimentar o milagre. Portanto, nada de conformismo ou acomodação com a dor. Deus tem uma vida abundante para você, mas é necessário que você aprenda com a tribulação quando passar por ela.
Vamos ver pelo menos 3 razões porque os problemas podem ser positivos.
1. Eles expõem a nossa realidade espiritual
As dificuldades e problemas mostram o nível de nossa profundidade ou superficialidade em Deus. Eles realçam onde estamos parados e onde precisamos avançar. O sofrimento mostra o que nós realmente somos.
Daquilo que possuímos, somente é digno de confiança aquilo que pode suportar o teste das provações. Sim, algumas vezes a tribulação é um teste. E dependendo de como respondemos seremos promovidos dentro do plano de Deus a lugares mais altos.
Ex: Saul, por exemplo, foi um teste na vida de Davi e certamente uma grande fonte de sofrimento. Porque Davi foi aprovado no teste ele foi promovido dentro do propósito de Deus.
As provações vem para que a Palavra e a vida de Deus possam ser checadas e confirmados em nós.
Ex: Depois de ouvir uma palavra sobre paciência, por exemplo, Deus permitirá circunstancias para que a nossa paciência seja testada.
É fato que depois de pregar, ensinar ou aconselhar seremos checa- dos por Deus para vermos a realidade das nossas palavras.
Ás vezes oramos por algo, mas Deus vai nos testar para ver se realmente desejamos aquilo ou para que as verdadeiras motivações se manifestem.
Há inúmeras pessoas, que em determinados aspectos da vida pessoal, profissional ou até espiritual, julgam ser especialistas e que nesta ou naquela área pensam ser infalíveis. Temos que vigiar também as áreas onde julgamos ser fortes e já ter aprendido todas as licões. A atitude vigilante, aplica-se a todas as áreas.
Exemplo:
-Os médicos também podem ficar doentes,
-Os advogados podem ter problemas com a lei
-os psicólogos podem deprimir,
Nada se mantem ou melhora por si só.
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2. Eles nos mostram os verdadeiros valores da vida
Quando perseguições e dificuldades se levantam elas colocam diante de nós o que realmente é importante e o que é apenas enfeite. O verdadeiro valor de qualquer coisa somente pode ser percebido diante da morte. Na verdade as tribulações nos dão a perspectiva correta das coisas.
Existem dois tipos de doenças
A)        As “doenças” que só nos chateiam:
-Resfriado, torcicolo, frieira, hemorroidas.
Ninguém pensa que vai morrer por causa delas. Com essas doenças o incomodo e o desconforto viram nossos companheiros.
B)        As “doenças” que inevitavelmente trazem consigo a possibilidade da morte.
-Quem tem leucemia pensa que morre.
-Quem tem insuficiência renal crônica pensa na possibilidade da morte.
-Quem tem aids pensa em morte.
E quando isso acontece o corpo se torna um lugar mal-assombrado.
Todavia alguns pensam que o remédio para afastar esse fantasmanão falar nele.

Exemplo: Pessoas que se recusa a ir a médicos “minha avó”.
E a sua justificativa é simples: “vai que ele descobre alguma coisa em mim”. Na cabeça dele a coisa só existe quando é falada. Assim, o remédio contra a morte é não falar.
Podemos falar de tudo: Futebol, sobre música, falemos de flores. O remédio contra o fantasma da morte é a distração.
História para Ilustrar: Conta-se que certa vez um homem encontrou com a morte num mercado árabe. Quando ele viu a morte ele se assustou muito e gritou. Também a morte quando o viu soltou o maior berro. O homem aterrorizado saiu correndo e foi procurar o seu patrão e lhe disse: “Acerta comigo as minhas contas porque preciso de fugir. A morte está atrás de mim.” O seu patrão então lhe perguntou: “ E para onde você vai?” Ele respondeu: “hoje mesmo eu vou embora para Bagdad.”No outro dia o patrão daquele homem passeando pelo mercado encontrou com a morte e lhe disse: “dona morte, se a senhora não tinha intenção de levar meu empregado, por- que a senhora o assustou tanto?” A morte então lhe respondeu: “Eu não queria assustá-lo. É que fiquei muito surpresa ao ve-lo aqui, porque amanhã eu tenho um encontro marcado com ele..., lá em Bagdad.”

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3. Eles nos permitem conhecer mais a Deus
Só podemos conhecer o Deus que cura se passarmos pela enfermidade. Deus permite tribulações como uma forma dele se manifestar com poder em nossas vidas.
É no meio das tribulações que somos quebrantados e nos tornamos mais sensíveis a Deus.
É no meio dos problemas que conhecermos a Deus e o seu poder. A primeira condição para um milagre é ter um problema. Não gostamos dos problemas, mas eles são uma oportunidade de conhecermos o poder de Deus.
Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte. II Cor. 12:9-10

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4. Eles desenvolvem nossa fé
No meio das dificuldades é que aprendemos a confiar em Deus em vez de confiar em nós mesmos. Nós aprendemos a confiar em Deus que sempre se mostra fiel quando presenciamos a sua fidelidade no meio da nossa luta.
Sua missão terá sempre um inimigo. A diferença entre a obscuridade e a significância é o inimigo que você precisa vencer.
-A glória de Davi era Golias.
A nossa glória é a vitória no meio da tribulação. Muitos querem a glória, mas não querem a luta, mas uma simplesmente não virá sem a outra.
Jo. 16:21 A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.
Todo propósito e missão são concebidos no meio de dores e aflição. Se não há dor é porque não houve gestação.
O tamanho da dor aponta para tamanho da benção e a iminencia de vir a luz.

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5. Eles desenvolvem a perseverança espiritual
Se queremos vencer ou resolver nossos problemas nós temos de prosseguir e não desistir. Muitos desistem antes da vitória chegar.
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Tg. 1:2-4
Perseverança é a maior expressão de fé. Se o tempo é um grande teste, a perseverança pertence aos vencedores.
Em Lucas 18:1-8 Jesus contou a parábola do juiz iníquo e terminou com uma questão: “quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé (perseverante) na terra?”
Há ocasiões onde nós queremos um milagre, mas Deus quer que tenhamos fé. Tempos de tribulação são também tempos de sequidão. Tempos de seca são importantes para nós.
• Para aprendermos a andar por fé.
• Para não dependermos da força humana.
• Para não dependermos das emoções.
• Para não dependermos da empolgação da vontade.
• Para saber o que vai no coração (Dt. 8:2).
Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. Dt. 8:2
É apenas nos tempos difíceis que a paciência e a perverança se desenvolvem. Eu não preciso de paciência quando tudo está ao meu agrado. Paciência é uma matéria aprendida nas contrariedades, nas adversidades, nas surpresas da vida. Paciência é o produto da alguém humilde e calmo, de alguém que confia em Deus, de alguém que sabe que somos apenas mordomos do que somos e temos.

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