terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O PODER DA GRATIDÃO

Texto: Salmo 103:1-5
1-            A GRATIDÃO TEM O PODER DE ALEGRAR O CORAÇÃO DO PAI
Nada agrada mais a Deus do que a gratidão. A vontade de Deus é que, em meio a todas as circunstâncias, demos graças (1Ts 5.18).
Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
O Poder da gratidão
As ações de graças talvez sejam o tipo de oração mais negli­genciado pelos crentes.
ALGUNS PENSAM QUE ESTA ORAÇÃO NÃO TEM PODER
Possivelmente, muitos pensam que elas não são orações poderosas para mudar as circunstâncias da vida ou para tocar o coração de Deus, mas esse é um tremendo equívoco.
No Salmo 100.4 somos exortados a entrar na presença de Deus com ações de graças continuamente.
Entrem pelos portões do Templo com ações de graças, entrem nos seus pátios com louvor.
Louvem a Deus e sejam agradecidos a ele. Pois o Senhor é bom; o seu amor dura para sempre, e a sua fidelidade não tem fim.
DAR GRAÇAS POR TUDO ATÉ PELOS PROBLEMAS
Pode não parecer algo razoável dar graças por cada problema por que passa­mos. Mas é essa exatamente a vontade de Deus.
Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. (Ef. 5.20)
O coração agradecido é aquele que recebe com uma sincera demonstração de gratidão da pessoa a quem ajudou.
Não há quem não se sinta muito bem, feliz mesmo, quando constata que a sua ajuda foi devidamente reconhecida pela pessoa que a recebeu.
Quantos aqui ficam felizes por ter ajudado alguém e depois está pessoa o agradece pelo bem feito?
 
2- A GRATIDÃO TEM O PODER DE MUDAR AS CIRCUNSTANCIAS
A única maneira de sermos gratos por tudo é reconhecendo o Senhor em nossas circunstâncias.
 Se nós O reconhecermos em nossos caminhos, Ele endireitará as nossas veredas (Pv. 3.6).
VER A MÃO DE DEUS EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS
 Se formos capazes de ver a mão de Deus nas circunstâncias, seremos capazes de ser gratos pela obra que Ele faz em nós.

- Jesus nosso exemplo de gratidão na multiplicação dos pães
Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam. (Jo 6.11)
Essa é a descrição de como o Senhor multiplicou os pães. Se fôssemos nós a orar pela multiplicação dos pães, talvez não usásse­mos a oração de ações de graças.

Em nosso conceito, seria mais apropriada uma oração de fé. Mas Jesus apenas deu graças para nos ensinar o poder de um coração grato e contente diante de Deus.
Senhor! Ensina-me a ser grato em qualquer circunstância.

3- A GRATIDÃO TEM O PODER DE TRAZER O CONTENTAMENTO
Se não há contentamento pelo que Deus tem dado, Ele não pode multiplicar.
 Seria incoerente com a natureza de Deus Ele conti­nuar nos dando algo que não desejamos receber ou pelo que não somos gratos.

O descontente deprecia a bênção do céu. Mas o con­tentamento, que vem pela gratidão, dá ao Senhor ocasião para nos dar porção ainda maior. A gratidão tem o poder da multiplicação.

- Paulo agradecido em todas as situações
Fp 4:12-13 Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. 12Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; 13tudo posso naquele que me fortalece.

4-A GRATIDÃO TEM O PODER DE TRAZER VIDA ONDE EXISTE MORTE
Na ressurreição de lázaro Jesus fez o mesmo que na multipli­cação dos pães. Ele apenas agradeceu a Deus e depois chamou a lázaro da morte para a vida.
E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro vem para fora! (Jo 11.41; 43).
Eu creio que Ele deu ações de graças para nos ensinar que ações de graças dão sabor à uma vida morta. A gratidão coloca vida em nossas vidas.
Por que Deus se interessa tanto pela nossa gratidão?
- Porque ações de graças mudam a nossa atitude diante da vida.
- Ações de graças produzem contentamento.
A vontade de Deus é que tenhamos um coração grato que produza contentamento.

A gratidão é a medicina para todo o ser, e nada pode fazer melhor ao coração.  E podemos, em Cristo, nos existencializar na gratidão e no contentamento.

5-A GRATIDÃO TEM PODER QUANDO ELA É EXPRESSADA DE TODO O CORAÇÃO
Lucas 17.11-19   A cura dos 10 leprosos

“A gratidão silenciosa não é útil a ninguém.” Isso é muito verdadeiro.

 É por isso que trabalho para cultivar um coração de gratidão e me esforço para expressar a gratidão conti­nuamente.

 Tento ser grato até pelas pequenas coisas. E pelas grandes também, e, às vezes, tenho que fazer algo altamente intencional para expressar minha gratidão.

A GRATIDÃO PELA SOBERANIA E ELEIÇÃO
   Todos os dias eu me assusto com o volume das fantasias e projeções que procedem do coração humano e rouba deles toda gratidão. Quem, porém, ama a soberania de Deus só enxerga gratidão.

CELEBRE PELO QUE VOCÊ TEM E NÃO QUEIXE O QUE NÃO TEM
Comece a agradecer pela vida que você tem, não pela que você não tem.
E celebre diante de Deus a vida Hoje, como ela é, e não um Amanhã que ainda não é e talvez jamais venha a ser.

Hoje é o dia da Salvação tanto quanto Hoje é também o dia da Gratidão.

Portanto, seja grato pelo que você tem e não se queixe de nada, pois aquilo que Hoje pode estar sendo a sua dor amanhã poderá ser a sua salvação. Por isso, ande em gratidão!

6-COMO POSSO COLOCAR O PODER DA GRATIDÃO EM AÇÃO
Sl 103:3-5
1. Considerando o quanto Deus fez por nós.

2. Lembrando dos benefícios que Deus fez em nossas vidas.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. (Sl103: 2)
3- Expressando amor e gratidão
No livro as cinco linguagens de amor
- Tempo de qualidade – serviço – Toque – Palavras de afirmação - Presentes

Conclusão
- Agora, celebre com gratidão a sua vida cada pessoa- cada encontro, cada dor, cada carinho, cada amor, cada perda, cada equivoco, cada desperdício, cada engano, cada susto, cada amigo, cada inimigo, por cada nascido e por cada sepultado.
Celebre com gratidão esse caldo de Graça e Amor de Deus que é a vida, apesar de todos os temperos que nela se jogam, bem apimentados, que é pra ficar bem gostoso.
Isto será o início da gratidão

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A FAMILIARIDADE COM O MOVER DE DEUS

Texto: II Samuel 6:1-11
Em II Samuel 6 temos a descrição de como Davi resolveu trazer a Arca da Aliança para Jerusalém. A Arca simboliza a presença de Deus no meio do seu povo, então o que temos aqui é um relato do mover de Deus.
A vontade de Deus é habitar no meio do seu povo e ser o seu conteúdo e satisfação. Mas no meio desse mover a nossa atitude determina se desfrutaremos a bênção de Deus ou não.
Nesse relato temos pelo menos quatro personagens: Uzá, Obede-Edom, Mical e Davi. Cada um deles tocou no mover de Deus de uma forma ou de outra. Com qual deles você se identifica hoje?

A arca da aliança simboliza a presença manifesta de Deus. Uma coisa é a presença imanente de Deus, mas outras é a sua presença manifesta. As escrituras mostram que Deus é onipresente, Ele está em todo lugar. O salmista disse que se eu subir aos céus ele lá estará, se fizer a minha cama no mais profundo abismo lá estará também. Se tomar as asas da alvorada e me detiver nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a sua mão e a sua destra me susterá. Ele diz que se eu andar pelo vale da sombra da morte eu não precisarei temer coisa alguma porque ele está comigo. O nosso Deus é onipresente, Ele está em todo lugar, mas existe um outro aspecto da sua presença, e o que chamo de presença manifesta. 
Na manifestação de sua presença percebemos a sua glória. Nossos corações são cheios da sua vida e transbordamos do rio de sua graça. A arca simboliza está presença, a presença manifesta de Deus. Hoje à semelhança de Davi, nós estamos com um grande clamor no nosso coração. Queremos trazer a manifestação da presença de Deus em nosso meio. Que esse lugar possa tremer quando começarmos a orar. Como podemos trazer a Arca de Deus? Quantos podem dizer que possuem um clamor pela arca em seu coração?
Davi desejava profundamente a presença manifesta de Deus. Então ele reuniu todo o povo para trazer a arca.
Uzá
A palavra do Senhor diz que Davi, querendo trazer a arca, mandou buscá-la na casa de Abinadade. Mas como a arca foi parar ali? Ela não deveria estar no Tabernáculo?
Nos dias de Eli, antes de Saul tornar-se rei, o povo de Israel foi à guerra contra os filisteus. Eles resolveram levar a arca para a frente da batalha como se ela fosse um amuleto, todavia o resultado foi que eles foram derrotados e arca foi levada pelos filisteus. Os filisteus, por sua vez, a colocaram no templo do seu deus chamado Dagon. No outro dia quando eles entraram no templo encontraram Dagon caído diante da arca. Ele colocaram Dagon de pé, mas no outro dia Dagon estava caído com os braços e as pernas quebrados. Isso era um símbolo que diante da presença de Deus todo poder do inferno é quebrado. Mas para piorar as coisas Deus mandou uma praga no meio deles. Apareceram-lhes úlceras. Eles não sabiam se aquilo vinha de Deus ou não, então eles decidiram fazer um teste. Fizeram um carro de boi que não tinha sido usado e colocaram duas vacas que ainda tinham bezerro para guiá-lo. O teste era simples, as vacas com bezerro não se apartam de sua cria de jeito nenhum, mas se aquelas vacas saíssem com o carro em direção a Israel eles saberiam que aquilo era de Deus.
E foi exatamente isso o que aconteceu. As vacas foram caminhando mugindo para Israel. Quando o povo viu a Arca em cima do carro eles pegaram a Arca e a colocaram na casa de Abinadabe. Muitos anos depois Davi quis trazer a Arca para Jerusalém, então ele precisou buscá-la na Casa de Abinadabe.
Davi sabia que nos dias de Saul ninguém tinha se importado com a arca, porque poucos se importavam com a presença de Deus. Davi, porém queria trazer a presença de Deus para o centro do seu reino.
O problema é que Davi não tinha conhecimento de como carregar a arca, por isso resolveu usar do mesmo artifício dos filisteus. Fez um carro de boi para transportar a Arca. Mas ele estava errado. A Bíblia diz que somente os levitas podiam carregar a arca.
Nesse momento entra em cena o primeiro personagem desse mover de Deus, Uzá. Naquele grande dia, quando se reuniram para trazer unção, glória, vida, poder e presença de Deus, a primeira pessoa que se destacou foi Uzá. Mas para a surpresa de todos ele não teve uma experiência muito agradável. Ele não caiu no poder, não sentiu nenhum calafrio, não riu e nem chorou, mas diz a escritura que Uzá tocou na Arca e caiu morto. O que era para ser glória, resultou em morte. O que era para ser poder, resultou em destruição. Porque isso aconteceu? O que Uzá fez para não desfrutar da bênção? Pelo menos quatro coisas podemos perceber na sua atitude.

1. Cuidado com a familiaridade com as coisas espirituais
Uzá era filho de Abinadabe. A Arca havia ficado 20 anos na casa de Abinadabe (I Sm. 7:1-2). Uzá com certeza tinha crescido com a presença da Arca em sua casa. A Arca era um dos muitos móveis presentes ali. Esta familiaridade foi fatal. Ele não via a Arca como algo sagrado, mas como uma peça de mobília.
Uzá cresceu e se tornou um soldado no exército de Davi. Quando chegou o dia que o rei quis trazer a Arca certamente pareceu a coisa mais apropriada pedir a alguém que já estava acostumado com ela para ajudar a trazê-la. Durante o trajeto os bois que puxavam o carro tropeçaram e arca estava quase caindo quando Uzá resolveu segurá-la para que não caísse. Por causa disso caiu morto diante do Senhor. Uzá não podia tocar na Arca, pois apenas os levitas poderiam transportá-la.
Uzá nos fala daqueles que estão acostumados, familiarizados com a arca. Já tem tantos anos que eu participo da igreja e já vi tantas coisas que nada mais me impressiona. Hoje o Senhor está curando! “Eu já vi isso muitas vezes! Diz Uzá.  Apesar de estar perto da arca, de ter sido criado num ambiente da presença da arca, infelizmente ele estava cheio de indiferença. Isso acontece freqüentemente com filhos de crentes. São criados na vida da Igreja e por isso se tornam demasiadamente familiarizados com ela. Eles já conhecem tudo, já viram de tudo e pensam já ter experimentado também de todo o mover de Deus. 
Coitado do Uzá, tão acostumado com tudo sem perceber que perdeu o fluir da vida de Deus. Uma das coisas mais serias da vida é se acostumar com as coisas espirituais. 
Dizem os entendidos que aqueles homens que trabalham com alta tensão não podem trabalhar no mesmo lugar mais de dois ou três meses. Eles precisam fazer um rodízio constante, porque o lugar onde trabalham exige atenção constante, eles devem seguir todos os rituais técnicos e usar todo equipamento de segurança. Mas quando o profissional vai se acostumando ele inadvertidamente pode tocar em algo e morrer.
Esse foi o caso de Uzá, morreu porque estava familiarizado com tudo. Você não receberá nada de Deus se a sua postura for a de Uzá, acostumado com as coisas do céu. Quem está familiarizado assume atitudes críticas porque não consegue entender porque ao seu lado tem alguém se derramando na unção, e um outro nem consegue ficar de pé enquanto ele não sente coisa alguma. A conclusão equivocada é que devem estar encenando. Mas a verdade é que o seu coração, de tão acostumado, tornou-se frio e indiferente. 
Se esse é o seu caso humilhe-se diante de Deus e seja reverente diante das coisas do mover de Deus. Comece uma nova história hoje. Renova aquilo que parecia antigo. Saia da religião e venha para a vida.

2. O mover de Deus não tolera a religiosidade
O que matou Uzá foi algo chamado religiosidade. Foi isso que realmente matou aquele homem, religiosidade, pois só a religiosidade pode causar comodismo; banalização, imprudência e irreverência.
Uzá simboliza o crente religioso. O religioso é aquele que está acostumado com o que é sagrado. É aquele que vive acomodado e por isso mesmo se torna irreverente. Há muitos em nosso meio que não ligam em sair pulando as pessoas que estão cheias do Espírito caídas no chão em nossas reuniões. Não ligam para a ação do Espírito, pois já se acostumaram. Gostam de imitar as pessoas falando em línguas e até profetizando. Banalizaram a glória de Deus. 
Com o passar do tempo qualquer um de nós pode se tornar um religioso. Se nada mais lhe toca, nada mais o comove, se coisa alguma o impressiona, então você se tornou um Uzá. Volte para o mover de Deus.

3. Não tente segurar aquilo que precisa cair
Davi estava usando carros de boi para carregar a Arca, o que era algo contrário ao ensino da escritura. Tudo o que está fora do padrão de Deus precisa ser demolido. Apenas os levitas podiam levar a Arca e mesmo assim sustentada por varais sobre os ombros (Ex. 25:13-15). Antes de edificar, Deus primeiro precisa demolir.
O problema acontece quando Deus está demolindo algo e então tentamos preservar aquilo a todo custo. Quantos estão edificando a casa de Deus fora do padrão, mas ainda assim tentando segurar o que está caindo. Foi Deus quem fez os bois tropeçarem. Os filisteus puderam fazer daquela forma porque não conheciam a palavra de Deus, mas o seu povo é indesculpável. Deus não pode abençoar o que não está em linha com a sua perfeita vontade.
Certas obras precisam ruir, não tente segurá-las. Se você tentar preservar o que o Senhor quer derrubar você pode experimentar morte em vez de vida. Mas a Arca não é de Deus? Certamente sim. Há coisas que são de Deus, mas que precisam ruir para o bem do seu povo.
Uzá estava tentando segurar algo que tinha que cair. Infelizmente alguns estão tentando segurar o que Deus determinou que tem que cair. Para o bem de Davi a arca tinha que cair. Davi é sincero, mas está fazendo a coisa da maneira errada. Para Deus é importante o que você faz, mas é igualmente importante o como se faz. Davi tem o motivo certo, quer fazer a coisa certa, mas está equivocado, não se carrega a arca num carro de boi. Carro de boi nos fala de habilidade humana, nos fala de estratégia filistéia, é um símbolo da carne tentando produzir fruto do espírito. Qualquer igreja, qualquer obra ou qualquer célula que esteja tentando trazer a arca usando uma estratégia da carne tem que cair para o seu próprio bem. 
Quando algo religioso está caindo e você tenta segurá-lo o resultado é que a morte nos é transmitida. Quanto mais você tenta manter pior vai se sentir. Não tente trazer a arca no braço. Deus não precisa da sua ajuda para levar a arca.

4. Deus quer pessoas que obedeçam às Suas ordens e não que O ajudem em Sua obra
O voluntário age segundo o seu próprio entendimento. Presume que a sua boa intenção seja a vontade Deus. Ele não faz por obediência a uma palavra de Deus, mas porque quer ajudar. Por detrás dessa atitude, há uma grande soberba. Quem disse que Deus precisa de ajuda? E quem disse que a pessoa está apta para ajudá-lo?
Uzá é um grande exemplo de voluntário na Bíblia. Você não pensa que a disposição de Uzá de amparar a Arca para que ela não caísse é uma postura até louvável? Talvez devêssemos até agradecê-lo por esse ato voluntário, afinal o que ele fez não foi uma grande obra? Por que, então Deus, se irou com ele? O motivo é que Deus quer pessoas que obedeçam às Suas ordens, mais do que O ajudem em Sua obra. Deus não precisa de ajudantes, Ele busca servos que O obedeçam.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

INDO A CRUZ PARA QUE OUTROS POSSAM VIVER

Texto: Mt. 16.24-25
Muitas pessoas quando ouvem falar da cruz, logo pensam na crucificação do filme paixão de Cristo de Mel Gibson. Mas veja que a cruz na vida de Jesus não se deu somente na crucificação, mas em todo o seu viver, Jesus viveu uma vida de cruz.
Veja que aos filipenses Paulo escreveu: “E tendo-se achado na condição de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz.” Fl 2:8
O que podemos entender com isso é que Jesus durante toda a sua vida como homem, negou-se a si mesmo. 33 anos de renúncia e obediência para o cumprimento do propósito de Deus. Jesus disse: “…eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” (Jo 10:10)
Mas ele também disse:
“Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.” Jo 12:24
Onde estava a vida de Jesus? Na sua morte! “Então lembre-se: Se queremos ver a vida de Deus manifestada em nosso meio, devemos morrer para nós mesmos. Esse é o papel de todo discípulo de Cristo. “Aquele que quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” Mt 16:24

Compreendendo o Princípio da Cruz
Cruz e Crucificação
A Cruz é o que vem antes de tudo, inclusive da Crucificação. O Cordeiro de Deus foi imolado antes da criação ser conhecida pelo homem. Pedro diz que fomos comprados pelo sangue antes da fundação do mundo.
Mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós”. (1Pedro 1:19-20)

Nós cristãos pensamos que nossa salvação veio do sofrimento de Jesus por nós! Sofrimento não salva, apenas mata!
Nossa salvação não vem da Crucificação, mas da Cruz! A Crucificação é um cenário! A Cruz é o sacrifício eterno que teve na Crucificação apenas o seu cenário histórico e conclusivo! Quando Paulo diz que só se gloriava na Cruz, ele não nos aponta um espetáculo histórico, o qual ele nunca nem perdeu tempo em “descrever” como evento martirizante e agonizante.
Para ele a Cruz era “o mistério outrora oculto e agora revelado” — com todas as implicações da Graça em nosso favor.
A diferença da Cruz, todavia, é infinitamente maior que a Crucificação. O Sangue que purifica de todo pecado não um líquido; é uma oferta de amor perdoador que existiu como tal ainda antes que qualquer forma de sangue tivesse sido criada. A Crucificação é o Cenário exterior! A Cruz tem que ser a Realidade interior!
A Crucificação revela a maldade humana! A Cruz revela a salvação de Deus!
Quem crê é Justificado e tem paz com Deus. Além disso, já passou da morte para a vida!
Por isso a vida somente se manifesta através da morte, ou seja através da cruz. Se queremos liberar a vida de Deus em nossa própria vida e na vida das pessoas que amamos temos que ter revelação do princípio da cruz. O Apóstolo dos gentios teve revelação desta verdade espiritual e diz:
“Levando sempre no corpo o morrer de Jesus (o princípio da cruz Mt 16:24), para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. (2Co 4:10-11)

Qual é a manifestação mais evidente de que a pessoa não está na cruz?
A manifestação do ego é a prova mais latente que a pessoa não está na cruz, ou desceu dela.
O nosso ego é o maior impedimento da vida de Deus se manifestar e de liberar a vida de Deus sobre as pessoas.
Nosso ego soberbo e orgulhoso é também o maior entrave de nosso crescimento espiritual.

Seis Manifestações do Ego:
1º O individualismo: Primeiramente o ego se manifesta no egoísmo e sua mais evidente manifestação é o individualismo. Não podemos ser individualistas e ainda desejar manifestar a vida de Deus. Precisamos ser solidários com nosso próximo principalmente com aqueles que não conhecem o Senhor.
2º Obstinação: O segundo aspecto do ego é ser obstinado. O egocentrismo nos levar a ter opinião sobre tudo apenas para mostrar que não somos levados por ninguém. O alvo não é contribuir com uma opinião, mas apenas deixar claro que não nos sujeitamos aos demais.
3º Dominação: A terceira expressão do ego é desejo de dominar sobre os outros, é ser ditatorial. Não devemos tentar fazer prevalecer nossa opinião, nem subjugar os outros, antes nos sujeitarmos a eles em amor.
4º Incapacidade de receber críticas: A quarta expressão do ego é a incapacidade de receber críticas e tolerar pontos de vista diferentes. Se temos orgulho de nossa opinião consideraremos um insulto alguém atrever-se a questiona-la. Isso faz com que o egocêntrico seja muito sensível e melindroso.
5º Atitude interesseira: A quinta expressão do ego é a atitude interesseira. É tão preocupado consigo mesmo que nunca tem um momento para as outras pessoas. O egocêntrico é desinteressado e não se preocupa com a situação, com a necessidade, nem com os desejos ou o bem-estar dos outros.
6º Ameaçar Renunciar: A última expressão do ego que mencionaremos é a atitude de sempre ameaçar renunciar, “se não ouvem o que ele diz e não dão valor ao que ele pensa, então ele vai partir, vai renunciar”.(pessoas que acham que não tem reconhecimento). Muitas pessoas vivem mudando de igreja porque são confrontadas, estão sempre “caindo fora”.
Renunciar a essas manifestações é uma maneira de ser cheio do Espírito Santo. Não dá para ser cheio do Espírito se esta¬mos cheios de nós mesmos, cheios do ego.
Precisamos lembrar que a única maneira de Jesus derrotar satanás foi morrendo na cruz, por isso precisamos entender que as únicas pessoas que têm verdadeira autoridade sobre Satanás são aquelas que decidem permanecer na cruz, permitindo que ela as liberte de toda a busca, serviço e promoção do ego.

Como Praticar a Vida de Cruz no dia-a-dia
Gl.2:20” logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.
O Apóstolo Paulo compreendeu o princípio e praticou a vida de cruz em todo seu ministério. Jesus não veio a este mundo somente para morrer na cruz, Ele viveu uma vida de cruz. E disse quem quer segui-lo tem que seguir o mesmo caminho. Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, (negue o ego, negue seu eu, negue a sua vontade própria) tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.” (Mt 16:24-25)
Aqui Jesus está dizendo que, para termos a vida verdadeira é preciso deixar seus interesses em segundo plano. E viver como Ele viveu, pois Ele é o nosso exemplo em tudo.

Cinco Sinais de Renúncia do Ego:
1º Aprenda Viver em submissão e Obediência:

Jesus sendo Deus nunca havia obedecido e a Bíblia Sagrada diz que Ele aprendeu a obedecer. Submeter as pessoas mais inteligentes não é tão difícil. O difícil é submeter aqueles que achamos que somos melhores do que eles. Quem tem o ego exaltado não se submete a ninguém, pois pessoas assim se acham maravilhosas. O caminho da submissão é difícil e para alguns a submissão é só quando concordam, ou seja, “eu me submeto desde que façam o que eu quero”.
2º Tenha um coração ensinável:
Um ponto importante aqui é: Se você pode aprender algo com seu irmão Deus não vai ensiná-lo diretamente. Se você se recusa a aprender através dele Deus vai resistir você. Pois, “Deus resiste ao soberbo, mas dá graça aos humildes”.
3º Não Aja por Esforço Próprio (Jo. 5.19):
Neste texto Jesus nos ensina a depender de Deus em tudo. E como podemos saber se dependemos de Deus? Através de nossa busca por Deus em oração, alguns dizem: “Eu queria orar mais”. Mas o fato é que só ora quem precisa.
4º Cuidado com o Amor Próprio:
Os nossos muitos medos, medo de ser: Humilhado – Desprezado – Repreendido – Esquecido – Rejeitado. Tem como origem o ego. Muitas vezes ficamos em situação onde nosso ego é tratado, principalmente quem se acha muito importante. E quanto mais melindrosos somos mais demonstramos o nosso egocentrismo.
5º Cuidado com a Glória Humana:
A glória humana é o desejo de ser exaltado, o desejo de ser estimado, desejo de ser consultado, desejo de ser aprovado e desejo de ser preferido a outros. Todas estas coisas são expressões do ego.

Conclusão
O maior projeto de Deus para a nossa vida é que sejamos semelhantes a Jesus. E para sermos semelhantes a Jesus temos que tomar nossa cruz e segui-lo, mas para que possamos segui-lo temos que andar como ele andou.
A cruz deve fazer parte das nossas vidas, consciência de que não somos nada e não temos nada, precisamos nos render por completo a dependência de Deus! Indo a cruz para que outros possam viver.
Um escritor chamado Samuel Barreto de um jornal Batista escreveu o seguinte
A maior vitória é vencer a si mesmo. Vencer os outros é ser vencedor. Vencer a si mesmo é ser mais do que vencedor. Isso porque os inimigos internos são mais poderosos do que os externos. Derrotá-los é um grande desafio para os servos de Deus.
Fora da cruz vencemos os outros. Na cruz vencemos a nós mesmos… ela fere, esmaga todo nosso egoísmo, orgulho, vaidade, vanglória…
Jesus repreendeu o Diabo em todo tempo, mas ele só triunfou na cruz!!!

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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O PAI DO FILHO PRÓDIGO

TEXTO: Lc. 15.11-24                                   INTRODUÇÃO: Em Lucas 15:11-32 temos a história conhecida como parábola do filho pródigo, mas, na verdade a grande ênfase é o Pai. Como é o nosso Pai. O alvo do Senhor ali é nos revelar o caráter de nosso pai.
O fato do filho mais novo pedir a herança com o pai ainda vivo é uma forma de desejar a morte do pai. Mesmo assim o pai graciosamente dividiu com eles a herança. O mais novo saiu pelo mundo e gastou todo o seu dinheiro em orgias e bebedices. Quando não tinha mais dinheiro os seus amigos o abandonaram e ele se tornou um cuidador de porcos, a profissão mais indigna para um judeu. Num dia ele caiu em si e disse: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome...” ele voltou por causa de si mesmo e não por causa do Pai.
Em nenhum momento ele se importou por ter partido o coração do seu pai. Em hora alguma ele se preocupou com o pai, mas apenas consigo mesmo. Ele voltou porque tinha fome. A barriga o levou de volta para casa. Mas mesmo assim o pai ansiava pelo filho perdido. E nesse momento temos o retrato do nosso Pai. O mundo está clamando pelo amor do nosso Pai.
5 ATITUDES QUE REVELAM O CORAÇÃO DO PAI:
1- O PAI O AVISTOU (Lc.15.20): O pai estava sempre olhando no horizonte esperando por seu filho. Naquele tempo mesmo as pessoas ricas viviam juntas nos vilarejos por uma questão de segurança. Assim todo o vilarejo sempre via o pai com os olhos fixos no horizonte esperando pelo seu filho. Eles certamente se compadeciam do homem, mas amaldiçoavam o filho ingrato.

2 – O PAI SE COMPADECEU (Lc. 15.20): A primeira coisa que o Senhor diz é que o pai se compadeceu.
Esse pai foi completamente rejeitado e se tornou objeto de ridículo por causa do filho. Esse pai perdeu uma grande quantidade de dinheiro por causa do filho, mas mesmo assim o seu coração estava cheio de compaixão.
O Senhor está aqui nos dizendo como é o coração de Deus. Ele não está cheio de ira e condenação, mas está pleno de compaixão.
Nunca devemos pensar que apenas os pródigos precisam provar do amor do pai. Mesmo aqueles que nunca saíram de casa precisam descobrir esse amor. Muitos crentes nunca tiveram uma experiência profunda com o amor do pai.

3- O PAI CORREU (Lc.15.20): A segunda coisa que o Pai fez foi correr. No grego tem mais de uma palavra para correr. Uma palavra fala da corrida lenta e constante, enquanto a outra fala de uma largada explosiva.
Qual das duas você acha que Jesus usou aqui?
Foi uma explosão em direção ao filho. Ele correu no ritmo do seu próprio coração cheio de amor.
O pai viu o filho vindo ainda longe e então correu em sua direção. Naqueles dias pessoas idosas não corriam pois era considerado indigno, mas o pai ergueu sua roupa e correu em direção ao seu filho. Ele abriu mão de sua glória como pai.
Esse é o único lugar na Bíblia que se diz que Deus correu. Quando fazemos menção de nos voltarmos para ele o pai imediatamente corre em nossa direção.

4 – O PAI O ABRAÇOU (Lc.15.20): A terceira coisa que o pai fez foi abraçar seu filho. É preciso lembrar que seu filho ainda estava fedendo a porcos. Mas isso não o impediu de envolver seu filho.

AS CRIANÇAS ÓRFÃOS DA SEGUNDA GUERRA
Existe um famoso psicólogo chamado René Spitz. Depois da segunda guerra mundial ele relata suas observações em crianças nos orfanatos. Depois da guerra havia milhares e milhares de órfãos em toda a Europa.
Eles tinham como alimentar essas crianças, mas não tinham pessoas suficientes para cuidar delas.
Durante três anos ele observou as conseqüências da falta de contato físico nas crianças de um desses orfanatos.
Nele havia 97 crianças entre três meses e três anos de idade.
O relato de suas observações é chocante. Ele diz que depois do primeiro mês muitas delas não comiam, não conseguiam dormir e algumas ficavam com o olhar fixo na parede.
Depois de cinco meses muitas crianças choravam incontrolavelmente e quando alguém tentava pegá-las no colo elas gritavam de medo. No final de um ano um terço daquelas crianças tinham morrido.
Eles não morreram porque não havia comida para elas, mas por absoluta falta de contato físico como abraços e beijos.

Essa história é bem triste, mas ela mostra a necessidade do homem do abraço do pai. Essa não é apenas uma necessidade natural, mas espiritual.

4 – O PAI O BEIJOU (Lc.15.20): O texto diz que o pai também o beijou. O interessante é que a palavra grega usada aqui não significa um simples beijo, mas significa beijar muitas vezes, repetidamente de forma terna e afetuosa.
Lembre-se que o garoto ainda cheirava a chiqueiro de porcos, mas isso não impediu o pai de beijá-lo muitas vezes. Esse é o nosso Pai. Essa parábola é para nos revelar o Pai.

Como Deus nos abraça hoje?
Por meio do Espírito Santo. Em Atos lemos que Pedro ainda falava quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra (At 10:44). A palavra cair em grego é “epipipto” e é exatamente a mesma palavra traduzida como abraçar aqui Lucas 15:20. Isso significa que o Espírito os abraçou quando os encheu.
- No abraço do Pai todo veneno do diabo é removido.
- No abraço do Pai o seu perfume tira de nós o odor dos porcos.
- No abraço do Pai somos curados e restaurados.
- No abraço do Pai sentimos segurança e fé para desfrutarmos de nossa herança novamente.

Você nunca saberá o quanto o pai lhe ama até entender o quanto o Pai ama a Jesus, pois ele resolveu entregar a Jesus para ter você.

Esse é o Pai que correu explosivamente para abraçá-lo e dizer que o ama. Aquele que o cobriu de beijos quando você ainda estava sujo pelo pecado. O Pai não exigiu que o filho provasse que estava arrependido, mas o perdoou instantaneamente e completamente.

Nós nem falamos da melhor roupa, do anel, das sandálias nos pés, do novilho cevado e da festa. Hoje vamos falar apenas desse amor que nos enche e nos transforma. Você já não está sozinho. Você chegou em casa e o Pai está aqui para festejar a sua chegada.


Compartilhando a Palavra
  1. Você já conheceu desta forma o amor do Pai?
  2. Compartilhe momentos em que sentiu o abraço do Pai e o poder que isso teve em sua vida: 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O PODER DAS DECISÕES

 JS 24:14-15“14 Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor. 15 Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Js 24:14-15 (ARA)

“Mas, se vocês não querem ser servos do Senhor, decidam hoje a quem vão servir.” Js 24:15ª (NTLH)

Introdução
A vida é feita de oportunidades e decisões. Muitos querem decidir, mas não tem oportunidade, outros tem oportunidades, mas não decidem.

Li hoje em uma rede social que: “Cada um decide o seu próprio caminho, e a vida se encarrega de lhe revelar o resultado de cada decisão”.
Se você é uma pessoa madura, vai concordar que sua realidade presente é produto de decisões que você tomou num passado distante ou recente. A partir de uma decisão, sua vida e destino podem ser afetados para sempre. Suas decisões diárias determinam o seu destino! Reflita sobre as decisões do passado e você certamente verá que elas estão repercutindo no seu presente.

A decisão de casar-se, da faculdade que escolheu fazer ou não, do emprego que você está hoje... Certamente essas decisões deram um novo rumo em sua vida.

A questão não é decidir ou não, pois ainda que você não decida, isso já é uma decisão. A questão é: Qual a decisão que se eu tomar agora poderá mudar o rumo, afetar meu futuro, transformar meu destino pra sempre? Transformar positivamente, é claro!

Outra questão a respeito é: Quais são as decisões que você vem adiando, postergando ou deixando pra amanhã? Decisões que você sabe que precisam ser tomadas e que poderiam trazer uma melhora grandiosa no dia a dia e no futuro, em sua vida? Talvez a decisão de fazer um novo curso, voltar a estudar, talvez a decisão de ler um livro ou de terminar de ler um livro, ou de escrever um livro. A decisão de dar um telefonema importante, a decisão de perdoar alguém, talvez a decisão de começar a praticar esportes ou parar de fumar. Talvez hoje seja o dia de você decidir crer em Cristo e em sua palavra.

Muitas pessoas estão sofrendo do mal do “qualquer dia”, ou algumas pessoas diriam “um dia destes”. Mas como você já ouviu dizer, “qualquer dia destes significa nenhum dia destes”. O que é que você está esperando?

É certo que, o que nos impede muitas vezes de tomar uma decisão é que normalmente associamos mais dor e desconforto na mudança e prazer em continuar como está do que o contrário. Decisões geralmente promovem mudanças e a maior parte das pessoas não querem mudanças, porque mudanças geralmente nos tiram da zona de conforto. Uma máxima da agricultura diz: Quer colher o que nunca colheu, plante o que você nunca plantou!”

Porém, se você entender definitivamente que todo sacrifício é temporário e a recompensa é para sempre, talvez perceba que mesmo que a tomada de decisão imediata seja desconfortável a recompensa poderá valer a pena! Pense por um instante! Qual decisão que se você tomar hoje irá mudar o seu destino de uma maneira positiva, próspera, sólida e que irá compensar o esforço? Reflita sobre isso, decida transformar a sua vida, decida colocar paixão, decida se auto disciplinar!
Voltemos ao texto compartilhado, e vejamos Josué conduzindo o povo de Israel à Terra Prometida. Diante da Canaã, diante da bênção, Josué, o sucessor de Moisés, convoca todo povo para uma assembleia, desafia a nação para uma decisão, para um posicionamento. Josué faz isso por que era um homem decidido.

Antes de continuar, gostaria de abrir um parêntese sobre Josué, pois pode-se dizer que a ousadia e autoridade para exortar e chamar a nação de Israel para uma decisão, deveu-se a 28 anos ininterruptos de uma liderança constante no temor de Deus, consequência de uma decisão de servir a Deus como líder da nação de Israel. Desde que assumiu a posição de líder em Israel, ocupando o lugar de seu discipulador Moisés, Josué nunca desistiu de seu alvo. Sempre foi constante em Deus. E agora, já com certa idade, mas com o mesmo vigor de décadas atrás, ele exorta o povo dizendo: 15 Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje (decidam), a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Js 24:14-15 (ARA)

“Mas, se vocês não querem ser servos do Senhor, decidam hoje a quem vão servir.” Js 24:15ª (NTLH)
Deus quer que tomemos decisões!

Ele sempre nos desafia a decidir. Veja o que acontece com o profeta Elias antes de subir o monte Carmelo e desafiar os profetas de Baal. Em um momento difícil para Israel, pois o coração do povo estava dividido por conta da opressão de Jezabel, o profeta exorta-os dizendo:

“...Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o (decidam); se é Baal, segui-o (decidam). Porém o povo nada lhe respondeu.” 1Re 18:20

É preciso tomar decisões! Todavia, é bom considerar que o poder de Deus virá somente quando tomarmos santas decisões. Venceremos quando tomarmos decisões acertadas.

O que a Bíblia diz a respeito das decisões?

1º DECISÕES NOS LIBERTAM DA MALDIÇÃO DA NEUTRALIDADE!
“15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! 16 Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca...” Ap 3:15-16

O texto acima refere-se à igreja de Laodicéia, e a exortação que Cristo faz a esta igreja é muito séria no tocante ao seu julgamento contra a mornidão espiritual; que aponta para as pessoas que mantem uma posição de neutralidade, especialmente com respeito a assuntos espirituais. Deus é decisivo, e nós também precisamos ser! Toda diferença é consequência de uma decisão, de um posicionamento. E neste ponto eu preciso dizer principalmente para as pessoas que vivem amedrontadas diante dos desafios da vida: Decida-se! Saia de cima do muro! Caso ou não caso? Lidero ou não lidero? Dizimo ou não dizimo? Converto de vez meu coração a Cristo ou continuo nesse chove e não molha?
Saia de cima do muro! Decida!

Ainda que sua decisão não seja a mais acertada, certamente ela vai te proporcionar mais experiência. Quem erra, adquire experiência e coloca um degrau novo na vida.

Deus quer que sejamos pessoas decisivas porque toda decisão desencadeia poder!

2º DECISÕES IMPORTANTES DEVEM SER CUIDADOSAMENTE ANALISADAS.
“28 Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?29 Para não suceder que, tendo lançado os alicerces (decidido empreender) e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, 30 dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. 31 Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil?32 Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz. 33 Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.” Lc 14:28-33

Nem todas as decisões são importantes e significativas. Existem decisões diárias que não são importantes e não trazem mudanças em nossas vidas, como por exemplo, decidir a cor de seu próximo automóvel, ou o modelo do sapato que você vai usar para trabalhar. Por outro lado, existem decisões que são determinantes e que nos levam a um caminho sem volta. Por isso precisamos ter muita atenção antes de tomar uma direção importante. Sua vida é algo muito sério para ser levada como uma brincadeira ou jogo de sorte.

No texto acima, Jesus nos ensina sobre o perigo da inconsequência. O Senhor nos diz para separarmos um tempo de qualidade e pensarmos nas consequências de decisões importantes. Ele diz que devemos calcular o preço que iremos pagar após uma tomada de decisão. Toda decisão tem uma etiqueta de preço, com um determinado valor.

Pense bem, ore muito, sobre o adultério, namoro, divórcio, etc. Desistir da igreja, do casamento, da liderança, do trabalho, certamente vai produzir consequências a curto, médio e a longo prazo. Tomar esse tipo de decisão hoje, afetará sua vida de maneira definitiva.

3º COMO DEVO DECIDIR AS QUESTÕES IMPORTANTES DA MINHA VIDA?
a)    Considere os efeitos de sua decisão, não seja um inconsequente!

Neste caso, vamos ler dois textos e extrair algumas perguntas que poderão ajudar-nos antes de decidir.

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” 1Co 6:12 

“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” 1Co 10:23

Agora pergunte para si mesmo a respeito de sua decisão:

·         “Todas as coisas me são lícitas...” É lícito? (permitido?)
·         “...mas nem todas convêm.” Convém? (vai ser bom?)
·         “Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” Compromete sua liberdade? (ou é algo que te escraviza e te domina?)
·         “...todas são lícitas, mas nem todas edificam.” É coerente e condizente com a vontade de Cristo? (ou enfraquece sua fé?)
·         É útil para outras pessoas com quem você convive? Vai edificar o Corpo de Cristo, vai fortalecer a Igreja? (ou serve só para alimentar seu egoísmo?)

Se você pode responder positivamente a todas as perguntas, vá em frente! Se disse sim a algumas e não a outras (tem dúvida), é melhor orar e buscar a solução na Palavra de Deus até que tenha plena certeza, para então agir. Se a resposta for negativa em todas as perguntas, você corre grande risco e não deve continuar.

b)    Baseie sua decisão em seu interior e não nas circusntâncias.

“14 Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade...” Js 24:14a

“E Daniel assentou (decidiu) no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia...” Dn 1:8 (RC)

Decida com integridade e fidelidade!

Devemos decidir na base da integridade e da fidelidade. A palavra “integridade” tem a mesma origem de “interior”. Devemos interiorizar nossas decisões, ou seja, devemos nos desprender das circunstâncias exteriores e físicas para ouvir Deus em nosso interior.

Voltar a atenção para o nosso coração neste caso não significa confiar em nós mesmos, e sim, que devemos tirar os olhos das pressões exteriores. Vejamos o exemplo de Neemias que orou e jejuou 4 meses antes de decidir viajar para a sua terra natal para restaurar os muros de Jerusalém.

Para encerrar, eu quero te dizer que toda decisão, em especial a decisão de servir a Deus, precisa brotar do coração.
Porque, servir a Deus, precisa ser uma decisão consciente, uma decisão interior. Essa decisão significa dar a Deus a prioridade, o primeiro lugar sempre.


Coloque o Senhor no centro de suas decisões, faça d’Ele e da sua vontade o parâmetro para suas decisões e acerte em todas as suas escolhas.