terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O PAI DO FILHO PRÓDIGO

TEXTO: Lc. 15.11-24                                   INTRODUÇÃO: Em Lucas 15:11-32 temos a história conhecida como parábola do filho pródigo, mas, na verdade a grande ênfase é o Pai. Como é o nosso Pai. O alvo do Senhor ali é nos revelar o caráter de nosso pai.
O fato do filho mais novo pedir a herança com o pai ainda vivo é uma forma de desejar a morte do pai. Mesmo assim o pai graciosamente dividiu com eles a herança. O mais novo saiu pelo mundo e gastou todo o seu dinheiro em orgias e bebedices. Quando não tinha mais dinheiro os seus amigos o abandonaram e ele se tornou um cuidador de porcos, a profissão mais indigna para um judeu. Num dia ele caiu em si e disse: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome...” ele voltou por causa de si mesmo e não por causa do Pai.
Em nenhum momento ele se importou por ter partido o coração do seu pai. Em hora alguma ele se preocupou com o pai, mas apenas consigo mesmo. Ele voltou porque tinha fome. A barriga o levou de volta para casa. Mas mesmo assim o pai ansiava pelo filho perdido. E nesse momento temos o retrato do nosso Pai. O mundo está clamando pelo amor do nosso Pai.
5 ATITUDES QUE REVELAM O CORAÇÃO DO PAI:
1- O PAI O AVISTOU (Lc.15.20): O pai estava sempre olhando no horizonte esperando por seu filho. Naquele tempo mesmo as pessoas ricas viviam juntas nos vilarejos por uma questão de segurança. Assim todo o vilarejo sempre via o pai com os olhos fixos no horizonte esperando pelo seu filho. Eles certamente se compadeciam do homem, mas amaldiçoavam o filho ingrato.

2 – O PAI SE COMPADECEU (Lc. 15.20): A primeira coisa que o Senhor diz é que o pai se compadeceu.
Esse pai foi completamente rejeitado e se tornou objeto de ridículo por causa do filho. Esse pai perdeu uma grande quantidade de dinheiro por causa do filho, mas mesmo assim o seu coração estava cheio de compaixão.
O Senhor está aqui nos dizendo como é o coração de Deus. Ele não está cheio de ira e condenação, mas está pleno de compaixão.
Nunca devemos pensar que apenas os pródigos precisam provar do amor do pai. Mesmo aqueles que nunca saíram de casa precisam descobrir esse amor. Muitos crentes nunca tiveram uma experiência profunda com o amor do pai.

3- O PAI CORREU (Lc.15.20): A segunda coisa que o Pai fez foi correr. No grego tem mais de uma palavra para correr. Uma palavra fala da corrida lenta e constante, enquanto a outra fala de uma largada explosiva.
Qual das duas você acha que Jesus usou aqui?
Foi uma explosão em direção ao filho. Ele correu no ritmo do seu próprio coração cheio de amor.
O pai viu o filho vindo ainda longe e então correu em sua direção. Naqueles dias pessoas idosas não corriam pois era considerado indigno, mas o pai ergueu sua roupa e correu em direção ao seu filho. Ele abriu mão de sua glória como pai.
Esse é o único lugar na Bíblia que se diz que Deus correu. Quando fazemos menção de nos voltarmos para ele o pai imediatamente corre em nossa direção.

4 – O PAI O ABRAÇOU (Lc.15.20): A terceira coisa que o pai fez foi abraçar seu filho. É preciso lembrar que seu filho ainda estava fedendo a porcos. Mas isso não o impediu de envolver seu filho.

AS CRIANÇAS ÓRFÃOS DA SEGUNDA GUERRA
Existe um famoso psicólogo chamado René Spitz. Depois da segunda guerra mundial ele relata suas observações em crianças nos orfanatos. Depois da guerra havia milhares e milhares de órfãos em toda a Europa.
Eles tinham como alimentar essas crianças, mas não tinham pessoas suficientes para cuidar delas.
Durante três anos ele observou as conseqüências da falta de contato físico nas crianças de um desses orfanatos.
Nele havia 97 crianças entre três meses e três anos de idade.
O relato de suas observações é chocante. Ele diz que depois do primeiro mês muitas delas não comiam, não conseguiam dormir e algumas ficavam com o olhar fixo na parede.
Depois de cinco meses muitas crianças choravam incontrolavelmente e quando alguém tentava pegá-las no colo elas gritavam de medo. No final de um ano um terço daquelas crianças tinham morrido.
Eles não morreram porque não havia comida para elas, mas por absoluta falta de contato físico como abraços e beijos.

Essa história é bem triste, mas ela mostra a necessidade do homem do abraço do pai. Essa não é apenas uma necessidade natural, mas espiritual.

4 – O PAI O BEIJOU (Lc.15.20): O texto diz que o pai também o beijou. O interessante é que a palavra grega usada aqui não significa um simples beijo, mas significa beijar muitas vezes, repetidamente de forma terna e afetuosa.
Lembre-se que o garoto ainda cheirava a chiqueiro de porcos, mas isso não impediu o pai de beijá-lo muitas vezes. Esse é o nosso Pai. Essa parábola é para nos revelar o Pai.

Como Deus nos abraça hoje?
Por meio do Espírito Santo. Em Atos lemos que Pedro ainda falava quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra (At 10:44). A palavra cair em grego é “epipipto” e é exatamente a mesma palavra traduzida como abraçar aqui Lucas 15:20. Isso significa que o Espírito os abraçou quando os encheu.
- No abraço do Pai todo veneno do diabo é removido.
- No abraço do Pai o seu perfume tira de nós o odor dos porcos.
- No abraço do Pai somos curados e restaurados.
- No abraço do Pai sentimos segurança e fé para desfrutarmos de nossa herança novamente.

Você nunca saberá o quanto o pai lhe ama até entender o quanto o Pai ama a Jesus, pois ele resolveu entregar a Jesus para ter você.

Esse é o Pai que correu explosivamente para abraçá-lo e dizer que o ama. Aquele que o cobriu de beijos quando você ainda estava sujo pelo pecado. O Pai não exigiu que o filho provasse que estava arrependido, mas o perdoou instantaneamente e completamente.

Nós nem falamos da melhor roupa, do anel, das sandálias nos pés, do novilho cevado e da festa. Hoje vamos falar apenas desse amor que nos enche e nos transforma. Você já não está sozinho. Você chegou em casa e o Pai está aqui para festejar a sua chegada.


Compartilhando a Palavra
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